10 países com mais execuções por morte em 2015

6 de abril de 2016

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Em 2015, o mundo viu o maior número de execuções registradas dos últimos 25 anos, de acordo com um relatório do grupo de direitos humanos da Anistia Internacional. A instituição analisa a situação como um “aumento alarmante”, já que, pelo menos, 1.634 pessoas foram executadas no ano passado – um aumento de mais de 50% em comparação a 2014. “É perturbador”, disse Salil Shetty, secretário-geral da Anistia Internacional, em um comunicado. “Por 25 anos não tivemos um número tão alto de pessoas brutalmente assassinadas em todos os lugares do mundo”, complementou.

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De acordo com o estudo, países como Irã, Paquistão e Arábia Saudita foram os que mais contribuíram para o crescimento exorbitante dos números. Os Estados Unidos da América, por sua vez, ocupam o quarto lugar no ranking, seguido pelo Iraque. “Muitos governos evoluíram em ameaças aos seus cidadãos e infringiram a proteção dos direitos humanos”, explicou Chiara Sangiorgio, especialista em pena de morte da Anistia Internacional à CNN.

O Irã condenou 977 pessoas a morte, em 2015. Este número equivale a 200 a mais do que em 2014, principalmente em relação a crimes relacionados as drogas. A ONG afirma que, pelo menos, quatro destes indivíduos eram menores de 18 anos no momento da infração, tornando suas execuções “uma violação flagrante do direito internacional”.

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Já o Paquistão, quando respondeu ao ataque do Taliban, em Peshawar, massacrou dezenas de crianças em dezembro de 2014 e ainda conduziu uma moratória de sete anos sobre a pena de morte para os delitos causados por ataques relacionados ao terrorismo. “O Paquistão, em nenhum momento, escondeu sua ligação com as mortes e ataques terroristas de Peshawar”, disse Sangiorgio. No entanto, em março de 2015, o governo do país anunciou mudanças e as execuções passaram a ser consideradas crimes capitais. Em 2015, o Paquistão executou 326 pessoas e bateu o maior número já registrado no país.

A Arábia Saudita tem enfrentado críticas internacionais há muito tempo por causa dos seus métodos e formas de punições judiciais. Em setembro de 2015, um grupo de especialistas da ONU pediram que o monarca saudita, Salman bin Abdulaziz, reconsiderasse alguns perfis punidos a morte. Um deles, Al-Nimr, tinha 17 anos no momento de sua prisão por protestos contra o governo e foi, então, condenado a decapitação e crucificação. Seu tio, o clérigo xiita, Sheikh Nimr al-Nimr, foi executado em janeiro de 2016.

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Mas a China, na verdade, é quem está no topo dos países que mais executam seus prisioneiros, segundo a Anistia. “Com base em nosso próprio monitoramento, acreditamos que milhares de execuções continuem acontecendo na China”, disse Sangiorgio à CNN. Os pesquisadores não conseguem indicar um número exato, pois este é considerado um segredo de Estado. A Anistia, no entanto, diz acreditar que as milhares de execuções tenham diminuído.

Sob um panorama geral do mundo, apenas 58 países são retencionistas quanto a pena de morte como punição do Estado. Já outros 102 países, não aderem ao método, 32 aderem mas não o praticam há 10 anos e apenas outros 6 países só a praticam sob crimes gravíssimos, como homicídio ou em caso de guerra.

Veja na galeria de fotos abaixo os dez países que mais executaram pessoas em 2015:

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