Relembre a ascensão e queda de Eike Batista

26 de janeiro de 2017

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A Polícia Federal deflagrou hoje (26) uma nova operação no âmbito da Lava Jato, tendo como alvo o empresário Eike Batista, suspeito de envolvimento em um esquema de corrupção liderado pelo ex-governador Sérgio Cabral, que teria ocultado cerca de US$ 100 milhões no exterior. O ex-bilionário, no entanto, não foi encontrado em uma batida policial em sua casa, no Rio de Janeiro.

A Justiça Federal expediu dez mandados de prisão preventiva, um deles para Eike, quatro de condução coercitiva e 27 de busca e apreensão em diferentes endereços no Rio como parte da Operação Eficiência. Um advogado do empresário disse à TV Globo que ele está viajando para o exterior e vai se entregar às autoridades.

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Eike, por sua vez, já vinha sendo investigado na operação Lava Jato pelo menos desde o ano passado, quando prestou um depoimento espontâneo à força-tarefa da operação em Curitiba acusando o ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Conselho da Petrobras Guido Mantega de ter pedido R$ 5 milhões de propina no interesse do PT.

À época Eike não foi alvo da operação, mas os procuradores da Lava Jato confirmaram que o empresário era investigado devido a “indicativos claros” de que sabia da realização de pagamentos indevidos.

Nesta quinta-feira, os procuradores do MPF disseram que está sob investigação pagamento de propina de US$ 16,5 milhões por Eike a Cabral usando uma conta bancária no Panamá, após solicitação do valor pelo ex-governador ao empresário em 2010.

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Eike era o homem mais rico do Brasil há menos de cinco anos, com fortuna calculada em cerca de US$ 30 bilhões, mas foi fortemente atingido pela queda no boom das commodities e sofreu com o colapso de seu Grupo EBX, um conglomerado de companhias de mineração, energia, construção naval e logística.

A ruína do grupo EBX também foi alvo de investigações de fraudes. Em novembro de 2015, Eike foi proibido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de exercer cargo administrativo ou de conselheiro fiscal de companhias abertas por cinco anos por irregularidades administrativas cometidas quando era presidente do Conselho de Administração da petrolífera OGX, atual Óleo e Gás Participações.

Veja na galeria de fotos a ascensão e queda de Eike Batista:

Montagem Eike e Lemann
Montagem bilionários
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(Getty Images)
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