RANKING: 5 grupos terroristas que mais matam no mundo
O GTD qualifica o terrorismo como ameaça ou real uso de força ilegal e violência por um ator não-estatal para atingir um objetivo político, econômico, religioso ou social por meio do medo, coerção e intimidação, e havia identificado mais de 170 mil ocorrências com esse conceito ao redor do mundo até o ano passado. “Os atentados de 2001 em solo norte-americano levaram à desestabilização política no Oriente Médio com a invasão do Iraque pelas tropas dos Estados Unidos dois anos depois”, disse o pesquisador.
Peron ressalta sobre a intensificação do uso de métodos rudimentares nos atentados terroristas registrados a partir de 2010, como o uso de automóveis para atropelar pessoas em cidades europeias ou a transformação de uma panela de pressão em bomba no atentado na Maratona de Boston. “Não precisa alugar um avião, basta gerar impactos devastadores e inércia política”, explica, referindo-se à facilidade de alugar um automóvel comparado à locação de um avião. “No terrorismo, os alvos dos atentados nunca são os objetivos reais, diferentemente do crime comum, quando a relação existe.”
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Um dos efeitos do terrorismo é o aumento do controle dos governos sobre a população. “Constrói-se uma justificativa do Estado de fundamentar a necessidade de controle”, afirma o pesquisador, relembrando que, depois dos últimos atentados, houve a ideia de governos europeus, como o do francês Emannuel Macron, de fazer uma aliança com empresas de internet, como Google e Facebook, para catalogar o comportamento de grupos de usuários que possam ter uma potencialidade de provocar um ataque terrorista.