Escândalos sexuais podem obrigar empresas a tomar providências
Resumo da matéria
A organização Southern Poverty Law Center passou por um escândalo recentemente, com a demissão do advogado Morris Dees;
O profissional foi acusado de má conduta sexual e discriminação racial;
Alguns passos a serem tomados para superar um chefe abusivo são avaliações de diversidade dentro da empresa e reconhecimento de problemas internos.
A Southern Poverty Law Center (SPLC), escritório de advocacia sem fins lucrativos criado há meio século, se viu em um intenso conflito interno com a demissão se um de seus fundadores, o advogado de direitos humanos Morris Dees, dispensado junto a outros executivos por acusações de má conduta sexual e discriminação racial. A situação é ainda mais desconcertante quando se leva em conta o fato de que ele tem sido um nome proeminente da luta contra a injustiça social e o discurso de ódio. A Apple doou há pouco US$ 1 milhão para a SPLC, que se tornou uma referência contra a opressão. Funcionários da ONG, porém, afirmam que ela apresenta problemas de rotatividade, de moral e de falta de inclusão. Um outro sinal preocupante: Richard Cohen, presidente da SPLC, teria pedido que perguntas relacionadas ao assunto fossem removidas de entrevistas, aniquilando a transparência. O combate a abusos de qualquer tipo pode ser particularmente desafiador quando se trata de uma organização com um discurso que promete justiça. O que os funcionários podem fazer se a empresa e seus gestores criarem e mantiverem um ambiente hostil? O que os gerentes e a chefia podem — e devem — fazer para evitar situações assim?