Treinamentos inusitados aprimoram desempenho de executivos
Mattheus Goto
19 de junho de 2019
vernowiley/Getty Images
Escalar uma montanha no Chile é uma opção de treinamento que permite aos profissionais desenvolverem habilidades complementares
Resumo:
A formação educacional de um executivo pode ir muito além da sala de aula, com treinamentos corporativos inusitados;
O diferencial desses cursos em comparação a um MBA, por exemplo, é o desenvolvimento de capacidades como a de autoconhecimento;
Um dos treinamentos mais inusitados é o “Firewalking”, em que os participantes pisam na brasa em alta temperatura, com foco, determinação e coragem.
Educação infantil, ensino médio, ensino superior e, posteriormente, uma pós-graduação ou MBA: essa é a trajetória mais comum na formação de um executivo. No entanto, o aprendizado pode ir muito além da sala de aula, com treinamentos corporativos inusitados.
Seja pela meditação, prática de stand up paddle ou por uma travessia sobre brasas, funcionários do baixo ao alto escalão podem viver experiências fora do comum com o objetivo de se tornarem mais aptos às exigências da rotina de trabalho. Cada um dos cursos tem seu propósito de desenvolver habilidades, sociais e comportamentais, para complementar todo o conhecimento técnico no dia a dia das mais diversas profissões. Afinal, não é só de livros e pesquisa que se formam os bons profissionais.
“O desenvolvimento de competências, no que diz respeito a relacionamento interpessoal, integração e atributos pessoais, é fundamental para as empresas nos dias de hoje”, afirma Norman de Paula Arruda Filho, presidente do ISAE Escola de Negócios e idealizador do Programa Perspectivação, que oferece cursos experienciais para os alunos da instituição. “Essas competências, como saber se comunicar, liderar e articular, são sinônimos de sucesso.”
Oferecidos por diversas escolas, os cursos podem ser indicados para diferentes níveis na hierarquia de uma corporação. Mas, em geral, não são restritos para uma área específica, pois têm como objetivo complementar a base teórica. “Em sua profissão, uma pessoa nem sempre está voltada para a área de comunicação, mas o exercício de se comunicar é também um exercício de empatia”, exemplifica Yara de Novaes, atriz e professora do curso Teatro para Executivos da FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado).
Para ela, o diferencial desses treinamentos em comparação a um MBA, por exemplo, é o desenvolvimento de capacidades como a de autoconhecimento, empatia, autenticidade e criatividade.
A professora Júlia Reis, da Sinnatrah Cervejaria-Escola, acredita que um curso de MBA é mais limitado por ser extremamente voltado para a aplicação do conhecimento na carreira já estabelecida. “Um curso livre está mais ligado a uma paixão, um hobby. Traz um alívio da pressão para o profissional, cria parâmetros importantes e fornece outros tipos de análise de cenário fora de seu contexto usual”, explica.
“Todo profissional deveria buscar outras áreas de conhecimento, para pensar sobre outros assuntos e dar certa lucidez ao trabalho, ao dia a dia. É sempre benéfico”, incentiva Júlia.
Veja, na galeria de fotos abaixo, 10 treinamentos corporativos inusitados, que podem ser realizados em grupo ou individualmente: