Autogestão: 7 dicas para agir como seu próprio chefe
Maria Laura Saraiva
15 de setembro de 2021
Klaus Vedfelt/Getty Images
O atributo está relacionado a outras tendências de mercado, como a ascensão do regime híbrido de trabalho
Para 95% dos CEOs brasileiros, a autogestão será uma das habilidades mais importantes do cenário da pós-pandemia. O dado, exclusivo da Forbes, faz parte de uma pesquisa realizada pelo portal de empregos Indeed com 130 líderes. Segundo o levantamento, esse grupo acredita que a cultura do trabalho está se tornando cada vez menos centralizada, forçando os novos talentos a se comportarem como seus próprios chefes.
O atributo está relacionado a outras tendências de mercado, como a ascensão do regime híbrido de trabalho, aquele que se divide entre o escritório da empresa e o home office, e a maior aceitação de jornadas flexíveis. Para 80% dos respondentes, a possibilidade de contratação de profissionais, independentemente de sua localização e rotina, são critérios importantes para novos recrutamentos. “Segundo 34% dos CEOs, modelos de equipe não-hierárquicos serão parte fundamental do futuro do trabalho”, diz Felipe Calbucci, diretor de vendas do Indeed no Brasil.
Outro destaque na pesquisa foi a capacidade dos profissionais de atuar em diferentes posições e áreas de forma simultânea. Nesse aspecto, 85% dos diretores de empresas brasileiras acreditam que as funções de trabalho serão cada vez menos definidas, o que demandará mais autonomia e flexibilidade dos colaboradores.
Desse modo, a capacidade de autogerenciamento aparece como uma das soft skills mais requisitadas do mercado. Cristiano Soares, country manager da Deel no Brasil, startup de gestão de pagamentos e contratos, explica que a qualidade é importante para todos os profissionais, independentemente do regime – remoto ou presencial. “É uma das competências mais desejáveis no futuro – e presente – do trabalho. No cenário atual, o perfil comportamental chama mais atenção do que as habilidades técnicas.”
Cuidar da própria carreira será um diferencial dentro das empresas na hora de definir quem está pronto para ser promovido, como explica Uranio Bonoldi, professor da Fundação Dom Cabral (FDC) e especialista em cargos de alta gestão. “O autogerenciamento tem muito a ver com a capacidade de fazer com que tudo seja executado dentro de planos e prazos, sem necessidade de cobrança ou monitoramento intensivo”, aponta. Assim, o executivo aumenta suas possibilidades de ser “pinçado” para gerir equipes e, mais adiante, ser gestor de departamentos.
De olho nisso, a Forbes pediu para que Cristiano Soares e Uranio Bonoldi compartilhassem dicas para quem deseja melhorar sua capacidade de gerenciamento. Veja na galeria abaixo: