Novos benefícios: startup investe em saúde mental e dá semana offline

11 de outubro de 2021
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O feriadão vai ser prolongado como parte da estratégia de oferecer benefícios diferentes do que há no mercado e, com isso, aumentar o engajamento

Nesta semana, os 32 funcionários da Fhinck, startup voltada à geração de dados para desempenho, produtividade e qualidade de vida, terão uma folguinha. O feriadão vai ser prolongado como parte da estratégia de oferecer benefícios diferentes do que há no mercado e, com isso, aumentar o engajamento. “Trabalhamos com qualidade de vida, então não dá para ficar só no discurso”, diz Sarah Hirota, líder de Pessoas e Cultura da Fhinck.

Oferecer benefícios criativos, ligados à saúde mental e emocional, além de flexibilidade nos horários de trabalho, é uma tendência entre empresas como a Fhinck, que disputam novos talentos entre os millenials e precisam de gente criativa para crescer. Como parte desse investimento em saúde mental, em 2020 a startup ofereceu reembolso parcial dos custos de sessões de terapia aos colaboradores. Daí nasceu um programa online, com custos mais acessíveis, que hoje faz parte do pacote de benefícios da companhia. “Entendemos que os prejuízos causados à saúde mental podem ser evitados quando a liderança tem dados para isso”, diz Sarah Hirota.

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O investimento em gente tem a ver com o crescimento: no último ano, a startup triplicou o número de funcionários. Durante a pandemia, a Fhinck captou dados, junto a seus clientes, que mostraram a falta de descanso mínimo entre jornadas de trabalho, sobrecarga por conta da grande quantidade de reuniões, e o aumento do isolamento entre colegas, causada às vezes pela comunicação isolada em pequenos grupos de Whatsapp.

Alguns dados computados pela Fhinck com 12.180 mil funcionários de 24 clientes em pesquisa levantada no primeiro trimestre de 2021, em comparação com o último trimestre de 2020:

  • Aumento de 12% na jornada média de trabalho
  • 22% de aumento de foco no home office – A ferramenta Fhinck mede o foco digital (o quanto as pessoas estão ativas no computador). A comparação foi feita entre períodos office e home office
  • Aumento de 27% do risco de casos de burnout em cargos sêniores e de liderança
  • 17% de aumento na mistura de rotinas trabalho x atividades pessoais durante a pandemia, alongando a jornada de trabalho