Currículo já era. Veja o que usar no lugar

17 de setembro de 2023
Reprodução/Forbes

Quando seu currículo chega às mãos de um recrutador, ele já deu uma boa olhada em seu LinkedIn. Veja como se sobressair

Após décadas de reinado, o currículo tem perdido sua importância O recurso mais usado para visibilidade profissional, o seu perfil no LinkedIn, é hoje a versão digital de seu cartão de visitas. E nem é tão novo assim: existe há duas décadas. Nesse tempo, o LinkedIn passou de uma plataforma de busca de emprego a um centro completo de gestão de carreira.

No momento em que um currículo chega, os recrutadores já deram uma olhada na presença online do candidato e formaram suas primeiras impressões. E, entre todos os recursos do perfil do LinkedIn, a verdadeira estrela é o “Sobre”. É onde você conta sua história. Ao contrário do currículo, não se trata apenas de fatos. É uma narrativa autêntica e precisa ser atraente para atrair as pessoas.

Entenda aqui porque investir tempo em seu perfil na rede social:

1. Mídia social é viva

A tela do seu telefone agora é como um escritório e seus perfis online são suas apresentações. No âmbito profissional, a seção “Sobre” do seu LinkedIn será a versão mais lida da sua biografia. O que resume sua vida no momento? Como você contaria o que faz em um elevator pitch?

2. Traz consistência de marca

A seção “Sobre” é sua ferramenta de marca pessoal ao longo de sua jornada profissional. É a verdadeira personificação da sua marca, refletindo como e por que você faz o que faz. Por isso não pode ser um texto chato e protocolar, mas uma história bem contada, com fatos e descrições bem pensadas do que você faz ou conquistou.

3. É dinâmico.

Os negócios envolvem pessoas, não robôs. Pessoas escolhem trabalhar com pessoas em quem confiam e com quem se relacionam. Seu “Sobre” pinta um retrato seu. Em comparação, um currículo seria mais como aqueles créditos no final de um filme – uma lista enorme de cargos. Você não prefere assistir ao filme?

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Agora que você conhece a importância do Sobre do LinkedIn, veja como criar um que seja cativante:

Entenda sua marca. É tudo uma questão de conhecer a sua marca – o seu eu autêntico, o seu talento único, os seus pontos fortes. Como você traz seu melhor jogo para a mesa? Envolva-se na compreensão de sua marca.

Use suas paixões. O que faz seu coração disparar? Com quais causas você se preocupa? Transforme essas causas em texto e as abra discussões relevantes que farão você ser lembrado.

Biscoito de vez em quando é ok. Prêmios, conquistas, elogios, juntamente com números concretos do que você alcançou ou feitos relevantes dão às pessoas um resumo do profissional que você é.

Comece com impacto. Quando alguém está lendo seu “Sobre”, só consegue ver as duas ou três primeiras linhas, que precisam ser interessantes o suficiente para fazer o leitor clicar em “ver mais”.

Faça sua voz brilhar. Não é apenas o que você diz, é como você diz. Seja corajoso o suficiente para ser autêntico e se sobressaia. Misture o pessoal com o profissional. Inclua cerca de 70-80% de conteúdo profissional e 20-30% de conteúdo pessoal. Seu perfil deve ficar na interseção entre credibilidade e simpatia.

Busque feedback. Peça às pessoas em quem você confia – colegas, mentores e amigos – que compartilhem seus posts. Mude constantemente. Incorpore os feedbacks e melhore seu Sobre periodicamente. Seu “Sobre” evolui assim como você. À medida que seus objetivos mudam e o cenário muda, seu perfil deve acompanhar o ritmo.

Como se destacar e ser contratado após a entrevista:

1. Mostre seu histórico de sucesso Uma das primeiras coisas que você precisa comunicar é seu sucesso em trabalhos anteriores. No clima atual, os recrutadores apostam em pessoas que tiveram grandes realizações. Esteja pronto para compartilhar exemplos do que você fez e como essas ações geraram impacto. Evite falar apenas sobre seus cargos anteriores e certifique-se de compartilhar o que você conquistou neles. Se você puder mostrar seu impacto em números, melhor ainda. Mesmo que sua experiência tenha sido limitada, você pode falar sobre o que fez. Talvez você tenha tido apenas um ou dois empregos, mas expandiu a influência da marca em seus esforços nas redes sociais, melhorou a conexão do seu departamento com outros funcionários e resolveu com um problema importante que exigia trabalho em equipe. Pense nos resultados que você gerou, não apenas nas atribuições do seu cargo. Compartilhe o desafio que você enfrentou, a tarefa pela qual você foi responsável, a ação que você fez e o resultado que você gerou. Enfatize seus resultados individuais, mas também demonstre como colabora, comunica e constrói relacionamentos fortes. Lembre-se de que contar histórias será mais memorável para os entrevistadores.more
2. Fale sobre seu valor futuro Você também deve falar sobre seu valor futuro para a organização. Os líderes querem contratar alguém que tenha grande parte das habilidades necessárias, mas também querem investir em alguém que agregue valor a longo prazo. No mundo de hoje, isso significa pessoas que podem aprender, crescer, se adaptar às novas circunstâncias. Seja claro sobre o seu desejo de contribuir com a empresa agora e de se desenvolver ao longo do tempo - adaptando-se às necessidades da sua função à medida que os mercados, os clientes e a concorrência mudam.more
3. Mostre interesse na posição Uma bandeira vermelha para um entrevistador é quando a pessoa fala muito sobre seu interesse na empresa e não o suficiente sobre seu interesse no trabalho. Você precisa fazer as duas coisas. Os gerentes não querem contratar alguém que está apenas procurando um pé na porta ou um trampolim para outra função. Eles querem saber se você está genuinamente interessado na vaga que buscam preencher. Fale sobre o que você entende sobre as funções da vaga e como você se encaixa nela. E faça perguntas para não parecer presunçoso. À medida que você aprende sobre isso, responda com franqueza sobre o que a torna interessante para você e como você pode ter um impacto positivo. Mostre também que você está interessado em crescer com a organização. Evite simplesmente dizer “eu admiro sua empresa”. Mostre que se preparou e tem conhecimento por meio de perguntas e referências à cultura, aos produtos, aos clientes dela.more
4. Fale sobre suas habilidades Também esteja pronto para falar sobre suas habilidades. Não faça isso listando-as, mas contando histórias que demonstrem seus talentos e como você os coloca em prática. Os empregadores estarão atentos tanto aos seus soft skills, como comunicação ou trabalho em equipe, quanto às hard skills, como negociação ou habilidades em línguas estrangeiras. Dê exemplos de como sua flexibilidade, resiliência e abertura para novos aprendizados permitiram que seu chefe expandisse suas responsabilidades quando a organização enfrentava um problema difícil e precisava de mais pessoas alocadas para desenvolver uma inovação. Fale sobre como você demonstrou inteligência emocional e empatia ao fazer perguntas, ouvir e apoiar um membro da equipe durante um desafio na vida dele. Algumas das habilidades mais procuradas atualmente – que os empregadores mais procuram – são pensamento crítico, design thinking, curiosidade, criatividade e habilidades de solução de problemas. Essas competências também incluem comunicação, empatia, escuta, resiliência e flexibilidade. Além disso, os líderes de contratação desejam que você tenha habilidades organizacionais e de gerenciamento de projetos, bem como atenção aos detalhes. Considere também como você pode demonstrar suas habilidades digitais, de design ou analíticas, bem como suas habilidades em negociação, redação e idiomas estrangeiros. Planeje as histórias que você contará, garantindo que cada exemplo seja conciso e incorpore algumas dessas habilidades.more
3. Não se apegue a uma imagem rígida dos outros. Todos nós já trabalhamos com pessoas que têm um pensamento rígido sobre como os outros devem se comportar e se mostram intolerantes quando as pessoas não atendem às suas expectativas. Se assumirmos que sabemos mais ou que todos veem uma situação do nosso ponto de vista, podemos ficar cegos a outras possibilidades. Então é provável que tratemos as divergências dos outros em relação às nossas opiniões como provenientes de sua ignorância, estupidez ou malevolência. Gold sugere que o pensamento rígido é uma função adaptativa que ajuda a proteger contra a ansiedade, mas simultaneamente impede a capacidade de uma pessoa rígida de se conectar com os outros. A falta de flexibilidade pode aliviar a ansiedade no curto prazo, explica Gold, mas “no longo prazo não permite o crescimento. Portanto, a solução é a segurança e a conexão que permitem às pessoas tolerar alguma ansiedade de não saber exatamente para onde as coisas estão indo”. Ela recomenda cultivar um senso de curiosidade e antecipação sempre que você abordar um colega, porque cada indivíduo tem um conjunto único de experiências de relacionamentos que afetam suas percepções e expectativas. “Se você puder adotar a postura de ‘não sei de onde você vem’ e se sentir confortável com isso, terá mais chances de sucesso de eventualmente encontrar seu caminho para se conectar com uma pessoa", diz Gold.more