O Relatório de Riscos Globais do Fórum Econômico Mundial de 2023 revela que as crises de energia, alimentos e de inflação estão no topo das preocupações mundiais. O documento, que também apresenta os riscos a longo prazo, como os ambientais, sociais, geopolíticos e tecnológicos, serve como referência para muitos CEOs definirem a estratégia de suas organizações.
“O CEO enfrenta hoje uma enorme pressão por resultados ao mesmo tempo que precisa olhar ao longo prazo. Ele precisa preparar sua organização para os novos desafios”, diz o coordenador dos Programas de Alta Gestão da Fundação Getulio Vargas (FGV), Gilberto Sarfati.
Para Safarti, vivemos uma era de ansiedade caracterizada por alta velocidade e complexidade de mudanças e o CEO precisa se preparar para novos desafios. Para auxiliar a alta gestão a enfrentar esse momento de adversidades, a FGV desenvolveu os Programas CEO e C-Level, que contam com a expertise da equipe acadêmica da FGV aliada às mais novas práticas do mercado.
Os cursos são centrados no participante, com enfoque prático e discussão de casos orientados para a superação de desafios. “O tema deste ano, CEO: Liderando na era de ansiedade e incerteza, reflete a profunda ansiedade que percebemos nos participantes. Quando os executivos não conseguem compreender ou antecipar como suas organizações vão reagir a potenciais ameaças, seus níveis de estresse e ansiedade aumentam”, afirma Safarti.
Os programas englobam palestras e cases apresentados por executivos de grandes organizações. Bruno Luís Ferrari, que é diretor de operações de uma empresa do setor automotivo, decidiu dar uma pausa na rotina de mais de dez anos como CEO para fazer a imersão. O executivo, que já fez outros cursos em universidades fora do país, considera esse momento “sabático” importante para reflexão, autoconhecimento e networking. “Nós, executivos, temos pouco tempo para pensar em inovação ou refletir sobre a nossa própria carreira. Essa é uma oportunidade extraordinária de troca com pessoas diferentes. Eu tive excelentes respostas sobre questões da organização”, avalia.
De acordo com Safarti, o objetivo é alavancar o desempenho e preparar os executivos para desafios futuros. “O interessante do curso é que, além da oportunidade de conhecer outros executivos e criar um networking, os participantes fazem uma verdadeira imersão em desafios estratégicos com aprofundamento em temas como liderança e inovação, estratégia corporativa e de negócios e cultura organizacional”.
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