UNDER 30 Assine
Seja um assinante

Início / Coluna / “Love Brands” não é apenas sobre marca, é sobre um movimento

Love Brands não é apenas sobre marca, é sobre um movimento

Dados da "Global Consumer Pulse", da Accenture Strategy, revelam que 83% dos consumidores brasileiros preferem comprar de empresas que defendem propósitos alinhados aos seus valores de vida

Camila Farani
7 de novembro de 2023     Atualizado há 1 mês
Compartilhe esta publicação:
Canva Images
Canva Images

“Na prática, as pessoas estão em busca de algo em que elas se sintam representadas. O TikTok é a prova viva de love brands e do grande poder que as comunidades têm.”

Acessibilidade


Universidades nos EUA são um case de mestre em comunidade. Eles cultivam identidade desde o berço acadêmico — seja com o “class ring” (um anel que os alunos da mesma turma usam logo assim que finalizam a faculdade), ou com as reuniões de formatura que marcam em 10, 20 ou até 30 anos depois. A questão é: essa experiência está enraizada na cultura americana.

Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

Na Harvard Business School, por exemplo, não se trata apenas de ir às aulas. É sobre forjar conexões duradouras desde o primeiro dia. As aulas são estruturadas para que as pessoas trabalhem em grupo, se conheçam e criem laços desde o começo. O networking não é uma opção; é um curso paralelo, porque esses colegas de classe serão cruciais na sua trajetória, e podem ser seus amigos, mentores e futuros sócios.

O jogo fica interessante quando as marcas descobrem e passam a usar essa inteligência de comunidade em suas empresas, o que expande a comunicação das marcas e cria cada vez mais proximidade com os clientes. Basicamente se trata do momento quando as marcas integram a engenhosidade comunitária em seus negócios e se tornam forças potentes.

Leia também:

  • Referência gamer, Machadinho fala sobre o combate ao capacitismo nos e-sports
  • Brasil está entre os países mais otimistas sobre IA, diz estudo
  • Mastercard, Riot e chef Onildo Rocha transformam LOL em experiência gastronômica

Na prática, as pessoas estão em busca de algo em que elas se sintam representadas. O TikTok é a prova viva de “love brands” e do grande poder que as comunidades têm. Por esses dias notei uma jogada de mestre de Hailey Bieber, fundadora, presidente e diretora criativa da Rhode (marca de beleza), que faz o match perfeito de: comunidade + tik tok + marca. Acontece que os usuários da rede social se reconhecem pelas hashtags e têm a sensação de fazer parte daquela comunidade específica. Hailey Bieber percebeu essa tendência na plataforma e criou a hashtag ‘#strawberrygirl’, em que gravou um vídeo se maquiando e consolidou o termo de strawberry makeup. O conceito viralizou, o que facilitou a visibilidade da marca e, principalmente, a identificação entre a comunidade de strawberry girls. Alguns dias depois, o Gran Finale surgiu: Hailey Bieber lançou um novo sabor do Lip Balm da Rhode, cujo nome você já deve imaginar qual é: Strawberry, com certeza!

A moral dessa história é que comunidade é a cereja do seu bolo. E eu não estou falando de alimentação por aqui. Estou falando de negócios.


O que estou apontando não é só sobre marketing. É uma alquimia de negócios. Dados da “Global Consumer Pulse”, da Accenture Strategy, revelam que 83% dos consumidores brasileiros preferem comprar de empresas que defendem propósitos alinhados aos seus valores de vida. A AMPRO (Associação de Marketing Promocional) também reforça que nos últimos 3 anos as empresas investiram mais de R$45 bilhões em ações para ficarem mais próximos de seus clientes.

Ou seja, quando a alma da sua empresa vibra na mesma frequência que as aspirações de seus clientes, você não está apenas fazendo negócios. Você está criando um movimento. Isso é mais do que acolhimento; é magnetismo corporativo. Os consumidores se tornam evangelizadores da sua marca (mais conhecidos como love brands), compartilhando dos seus mesmos interesses não porque você pediu, mas porque você entregou valor real. O que temos aqui não é só uma conexão — é uma aliança poderosa. Use-a em seu favor!

E não pense que este é apenas um jogo emocional. A intimidade que você cultiva com seu público desbloqueia um tesouro de oportunidades. Conhecendo as dores, desejos e sonhos deles, você pode inovar de formas que seus concorrentes nem sequer podem conceber. Portanto, deixe de lado essa visão superficial de cliente-empresa e comece a construir relações que vão além do transacional. Este é o núcleo do verdadeiro empreendedorismo impactante. Você está pronto para elevar o nível?

 

Camila Farani é Top Voice no LinkedIn Brasil e a única mulher bicampeã como Melhor Investidora-Anjo no Startup Awards, em 2016 e 2018. A empreendedora também é sócia-fundadora da G2 Capital, uma boutique de investimentos em empresas de tecnologia.

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.

Compartilhe esta publicação:

Temas

  • Camila Farani
  • Carreira
  • negócios
  • Networking
  • público
  • relacionamentos
Membros Forbes Brasil
Faça seu login e leia a edição digital diretamente em seu dispositivo. Apenas para assinantes.
Seja um assinante→

Seja um assinante →
   — @forbesbr
  — @forbesbr
  — @forbesbr
  — yt/forbesbr
  — forbes brasil
Forbes Br.
+ Sobre nós
+ Forbes+
+ Revista digital
+ Anuncie
+ Contato
Links úteis
+ Política de Privacidade
+ Newsletter
logo Terra
Cotações por TradingView

© Forbes 2023. Todos os direitos reservados.