Mostrou-se um ator talentoso em filmes como “Furyo, em Nome da Honra” (1983) e “A Última Tentação de Cristo” (1988). Surpreendeu até no campo das finanças ao lançar em 1997 os Bowie Bonds, títulos de dívida que tinham por lastro os direitos autorais de sua obra (na ocasião a operação rendeu-lhe US$ 55 milhões, o equivalente a US$ 80 milhões em valores atuais). Mas há uma face do brilhante artista inglês que não vem recebendo o devido destaque desde que seu falecimento foi anunciado, nesta segunda-feira: Bowie, o desbravador da internet.
Corria o ano de 1998, e ele resolveu criar algo inusitado: seu próprio provedor de serviços, o BowieNet. A proposta era atuar como uma rede social voltada a seus fãs, assim como o MySpace, por exemplo, era uma rede social para interessados em música. E também funcionava como um portal de acesso à Web. O BowieNet operou com sucesso até 2006, quando o artista resolveu tirá-la do ar.
David Bowie viu o futuro em muitos campos de atividade humana. A internet, lembremos, foi também um deles.