As várias “faces” da relojoaria

31 de agosto de 2017
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A responsabilidade de David Beckham é divulgar dois novos modelos da Tudor (Divulgação)

Associar uma marca a uma figura importante é prática usual do mercado. No entanto, quando falamos da alta relojoaria, essa representação ganha patamares ainda maiores. A intenção é interligar o uso do relógio ao sucesso e ao estilo de vida da personalidade.

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No último mês, o mundo da relojoaria se deparou com o anúncio do novo embaixador da suíça Tudor: o inglês David Beckham. Conhecido por suas habilidades no futebol e seu papel de filantropo e influenciador, seu estilo combina com a campanha publicitária Born to Dare (Nascido para Ousar).

Não se espante com a “troca de cadeiras” de embaixadores na relojoaria. É uma prática recorrente

A responsabilidade do inglês é divulgar dois novos modelos. Um deles é esse que ele está usando na foto, um Black Bay tradicional, de aço e ouro amarelo. O modelo foi apresentado este ano, na Baselworld. A curiosidade da parceria, no entanto, vai além das formalidades. Por ironia do destino, o jogador, um aficionado por relógios, conheceu a Tudor por meio de sua “marca-irmã” Rolex, que também já representou.

Não se espante com a “troca de cadeiras” de embaixadores na relojoaria. É uma prática recorrente. Porém, é justamente a Rolex que merece o título de marca que mais tempo manteve um representante. O tricampeão de Fórmula 1 Jackie Stewart representa os ideais da coroa de ouro desde 1968. O eterno ícone do automobilismo está oficialmente afiliado à relojoaria há 49 anos!

Apaixonado pela Rolex, o escocês guarda um carinho especial pelo seu exemplar de King Midas Cellini. A rara peça feita de ouro maciço foi um presente do grande homem da marca, André Heiniger, na época da sua primeira disputa no Mundial de F-1. Difícil é ver o tricampeão usando o relógio. “A peça é para momentos especiais. Na verdade, é mais uma joia do que um relógio”, diz. Outro piloto que representa o estilo da relojoaria é Mark Webber, depois de um breve namoro com a Chopard, quando assinou a peça única Superfast Chrono Porsche 919 Only Watch, em 2015.

EMBAIXATRIZES DAS HORAS

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Adriana Lima costuma desfilar pelo tapete vermelho vestindo o modelo Da Vinci Automatic (Divulgação)

Há muito tempo o universo da relojoaria deixou de ser exclusivo para os homens. Apesar de as joias tradicionais nunca saírem de cena, os relógios femininos representam boa parcela das vendas atualmente. De acordo com a empresa de pesquisa internacional Euromonitor, em dez anos esse mercado cresceu 60%, ou seja, as marcas precisaram encontrar representantes à altura de suas consumidoras.

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Quem sabe fazer a lição de casa muito bem é a Cartier. Há anos a francesa tem como embaixatriz a ex-modelo e atriz Monica Bellucci.

A mais nova integrante do time feminino é a cineasta Sofia Coppola. A americana, que ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Original pelo filme “Lost in Translation” em 2003, recebeu, este ano, o desafio de dirigir o vídeo de relançamento do Panthère, o famoso modelo da década de 1980, com produção interrompida em 2004.

Uma brasileira figura nesse seleto time de embaixatrizes. Representando o espírito inovador da IWC, a supermodelo Adriana Lima (foto acima) costuma desfilar pelo tapete vermelho vestindo o modelo Da Vinci Automatic 36 de ouro vermelho, com aro cravejado de diamantes de US$ 39.900. Tarefa nada difícil.

*Jairo Waisman é diretor executivo da Joalheria Frattina