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Rocha afirmou que pretende preencher um vazio na política brasileira e entende que pode ser o representante do neoliberalismo na economia e do conservadorismo nos costumes.
Outros pré-candidatos, no entanto, já têm se apresentado no campo que vai da centro-direita à extrema-direita, como o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e mesmo o deputado Jair Bolsonaro (PSL). Mais conhecido por posições nacionalistas e intervencionistas na economia, Bolsonaro está procurando mostrar um lado mais liberal nessa área, inclusive pelos economistas dos quais está se cercando.
Rocha disse que só tem interesse em ser cabeça de chapa em uma candidatura. “Não seria candidato só para firmar posição, e estamos tendo indícios de que é uma candidatura para valer e competitiva”, disse.
Sobre uma afinação de discurso com Bolsonaro, Rocha descartou a hipótese de ser vice do deputado. “Quero ser um cabeça de chapa para que as nossas ideias sejam protagonistas. A vice não dá protagonismo às ideias”, ressaltou. “A nossa diferença está no tom, mas o Bolsonaro tem o mérito de falar sobre segurança e nossa diferença está na economia porque ele defende um Estado grande.”
Entre os partidos que conversaram com Rocha estariam MDB, PRB, PP e PTB.
“Em um país com mais de 30 partidos, uma legenda está longe de ser um gargalo”, afirmou ele ao lembrar que, para viabilizar a candidatura, tem que ser por meio de um partido forte e representativo para ajudar na campanha, montagem de base e governabilidade. Para disputar a eleição em outubro, Rocha tem até 7 de abril para se filiar.
No mês passado, Rocha havia descartado a possibilidade de ser candidato este ano. “Acho que está muito tarde para ser candidato. De fato eu não tenho nem partido, não tenho voto. Está tarde para construir a densidade eleitoral”, disse em entrevista a uma revista.