Segundo a Associação Americana de Psicologia (APA), os millennials experimentam mais estresse e são menos capazes de administrá-lo do que qualquer outra geração. Mais da metade deles admite já ter acordado durante a noite no último mês devido ao esgotamento.
VEJA TAMBÉM: A millennial que virou chefe no maior fundo hedge do mundo
Não é de surpreender que a geração Y também seja mais ansiosa do que os norte-americanos mais velhos. A APA informou que 12% dos millennials têm um transtorno de ansiedade diagnosticado – quase o dobro da porcentagem dos boomers.
Em uma escala não clínica, um artigo da BDA Morneau Shepell, companhia norte-americana especializada em recursos humanos, descobriu que 30% dos millennials que trabalham têm ansiedade geral, enquanto uma avaliação da American College Health Association (Acha) de 2014 constatou que o problema aflige 61% dos estudantes universitários.
A ansiedade não só prejudica o bem-estar, mas também sabota a produtividade. A avaliação da Acha revelou que os dois principais obstáculos no desempenho acadêmico dos alunos eram estresse e ansiedade, e dois terços dos millennials entrevistados pelo BDA atribuem o declínio do rendimento profissional ao segundo fator.
As fontes da ansiedade da geração millennial podem incluir um mercado de trabalho difícil e dívidas estudantis, bem como causas psicológicas como vício em ambição, crises em relação à carreira e excesso de opções de escolha.
E AINDA:Como as mães millennial têm mudado o mercado de trabalho
Mas até os comportamentos cotidianos podem provocar ansiedade. E, apesar do vigor da juventude, ser um ansioso crônico não é algo sustentável. Ao abandonar práticas diárias maléficas, é possível melhorar o humor e a vida.
Ainda assim, se o aborrecimento, a dor e a diminuição da ansiedade do dia a dia não forem suficientes para largar os maus hábitos, lembre que situações como essa vividas por um longo período podem causar, segundo a Harvard Medical School, doenças cardíacas, enxaquecas, distúrbios respiratórios crônicos e males gastrointestinais.
Veja, na galeria de imagens a seguir, 8 hábitos ruins – e comuns – que instigam o estresse e comprometem o potencial e como se livrar deles:
-
GettyImages 1. Dormir mal
Talvez a contribuição de maior destaque para a ansiedade seja o sono ruim. Um estudo da Universidade da Califórnia, em Berkeley, descobriu que dormir pouco “pode ter um papel fundamental no aumento das regiões cerebrais que contribuem para a preocupação excessiva”. Causas comuns de descanso insuficiente incluem ir para a cama em momentos diferentes, não tornar o sono prioridade e gastar tempo em celulares ou laptops antes de dormir.
Como resolver: A “Calm Clinic”, revista online dedicada ao gerenciamento da ansiedade, sugere criar uma longa e chata rotina noturna, sem a presença de ferramentas tecnológicas e com a inclusão de um diário ao lado da cama para escrever pensamentos. A publicação também sugere a prática de exercícios físicos durante o dia para gastar energia.
-
GettyImages 2. Pular as refeições
Comer de forma consistente regula não só o metabolismo e os níveis de insulina, mas também a estabilidade mental. “Esperar muito tempo para comer ou pular o café da manhã pode levar a níveis instáveis de açúcar no sangue, o que pode causar sensações semelhantes à ansiedade, como tremores, tontura, confusão mental e dificuldade para falar”, descreve a plataforma especializada “Body and Health”. A desidratação tem um efeito parecido. Como a comida e a água são necessidades biológicas, a ansiedade segue naturalmente a fome e a sede.
Como resolver: Coma regularmente. Mantenha porções de granola ou nozes em sua mesa ou na bolsa. Leve uma garrafa de água para o trabalho e beba-a ao longo do dia. Tome um copo de água quando acordar e outro antes de ir dormir.
-
GettyImages 3. Tomar café
Ingerir café aumenta o estado de alerta e, em muitos casos, ajuda a melhorar o desempenho em tarefas de curto prazo. Mas também pode deixar as pessoas nervosas e irritadas, especialmente se tiverem predisposição para a ansiedade. A sensibilidade à cafeína é, de fato, maior em pessoas com transtorno do pânico e fobia social, e pode, inclusive, provocar crises. A cafeína também é diurética, o que pode causar desidratação – um gatilho de ansiedade.
Como resolver: Tente reduzir a cafeína. Beba apenas uma xícara de café descafeinado ou chá preto por dia. Se você se sentir mais calmo e mais no controle depois de algumas semanas, tente cortar de vez a bebida.
-
GettyImages 4. Ficar muito tempo sentado
A onda de sintomas da ansiedade tem um paralelo com o estilo de vida cada vez mais sedentário das pessoas, embora um recente estudo da BMC Public Health não tenha deixado claro se as duas coisas estão realmente relacionadas. Depois de longas análises, os pesquisadores descobriram que o risco de ansiedade aumenta à medida que o comportamento sedentário cresce – e, especificamente, o tempo sentado aumenta a probabilidade de o profissional se sentir ansioso.
Como resolver: Trabalhar em um escritório o dia inteiro não precisa ser um problema. Levante-se e ande a cada 90 minutos. Compense seu tempo sentado com exercícios regulares. Isso reduz o risco de ansiedade e depressão.
-
Anúncio publicitário -
GettyImages 5. O telefone celular
Um estudo de 2014 da Baylor University descobriu que os estudantes norte-americanos gastam, em média, nove horas por dia em seus telefones. Naturalmente, a tecnologia melhora enormemente a vida de inúmeras maneiras. Mas também pode provocar ansiedade – entretenimento baseado na tela aumenta a atividade do sistema nervoso central. A mídia social também é similarmente associada a baixos níveis de humor e depressão.
Como resolver: Da próxima vez que não tiver nada para fazer, deixe seu smartphone guardado. Não faça dele uma ferramenta para aliviar o tédio. Em vez disso, use-o conscientemente conforme necessário para suas tarefas diárias.
-
GettyImages 6. Não ter horário
Segundo dados do Projeto @Work State of Mind, da FORBES, os millennials se tornam ansiosos e irritados quando o trabalho invade a vida pessoal. Entretanto, o desequilíbrio entre o profissional e o particular é uma escolha.
Uma avaliação do BDA explica: “A geração millennial não acredita que a produtividade deva ser medida pelo número de horas trabalhadas no escritório, mas pelos resultados obtidos. Eles veem o trabalho como uma ‘coisa’ e não um ‘lugar’”. Mesmo depois de deixar o escritório, eles ainda estão trabalhando.
Como resolver: É possível ser ambicioso, trabalhar longas horas e impressionar os chefes sem sacrificar a saúde psicológica e os limites da vida pessoal. Então, dê um tempo. Programe, no seu calendário, um horário definido e consistente para parar de trabalhar. E, quando essa hora chegar, aproveite para cuidar de você.
-
GettyImages 7. Televisão
Você pode achar que se aconchegar no sofá e assistir a um filme o ajudará a relaxar, mas uma pesquisa refuta essa tendência. Em um estudo, os participantes se sentiram mais deprimidos e ansiosos depois de assistir a apenas duas horas de TV do que aqueles que não o fizeram. Outra pesquisa descobriu que pessoas com ansiedade e depressão gastam significativamente mais tempo com computador e televisão. Apesar de o repouso reduzir a ansiedade a curto prazo, seu efeito é de curta duração quando comparado à atividade física.
Como resolver: Quando finalizar o trabalho, faça qualquer coisa que não seja assistir TV. Opte por uma caminhada, tome um drinque, desenhe, escreva, sente-se em seu quarto e olhe para a parede, convide sua mãe para visitá-lo, faço um jantar para ela, construa algo, jogue futebol.
-
GettyImages 8. Sair com pessoas ansiosas
Você pode sentir que encontrou alguém com quem desabafar, mas estudos mostram que remoer a ansiedade geralmente piora a situação. Além disso, participar de grupos formados por pessoas que sofrem desse mesmo mal aumenta os sintomas.
Como resolver: Procure pessoas que equilibrem seu humor. Depois de sair com alguém, pergunte a si mesmo como está se sentindo: se está estável, bem, empolgado ou nervoso. É fácil gastar menos tempo com determinadas pessoas quando existe a percepção de que elas fazem mal para a sua saúde.
1. Dormir mal
Talvez a contribuição de maior destaque para a ansiedade seja o sono ruim. Um estudo da Universidade da Califórnia, em Berkeley, descobriu que dormir pouco “pode ter um papel fundamental no aumento das regiões cerebrais que contribuem para a preocupação excessiva”. Causas comuns de descanso insuficiente incluem ir para a cama em momentos diferentes, não tornar o sono prioridade e gastar tempo em celulares ou laptops antes de dormir.
Como resolver: A “Calm Clinic”, revista online dedicada ao gerenciamento da ansiedade, sugere criar uma longa e chata rotina noturna, sem a presença de ferramentas tecnológicas e com a inclusão de um diário ao lado da cama para escrever pensamentos. A publicação também sugere a prática de exercícios físicos durante o dia para gastar energia.