LEIA MAIS: Filha de fundador da Huawei é presa a pedido dos EUA
Em um comunicado curto, o ministro das Relações Exteriores da China disse que o seu vice-ministro, Le Yucheng, havia emitido o alerta para liberar Meng para o embaixador canadense em Pequim. A prisão de Meng no Canadá, a pedido dos Estados Unidos, enquanto ela trocava de aviões em Vancouver, foi uma séria violação dos seus direitos, disse Le. A medida “ignorou a lei, não foi razoável”, e, na sua própria natureza, “foi extremamente desagradável”, acrescentou. “A China pede veementemente que o Canadá liberte imediatamente a pessoa presa e protege seriamente seus direitos legais e legítimos, do contrário, o Canadá precisa aceitar total responsabilidade pelas sérias consequências causadas”. O comunicado não entrou em detalhes.
Quando perguntado sobre a possível reação chinesa após a prisão da CFO da Huawei, o primeiro-ministro Justin Trudeau disse a repórteres ontem (7) que o Canadá tem um relacionamento muito bom com Pequim.
“Haverá provavelmente um profundo congelamento em visitas e trocas com chineses no alto nível”, disse o ex-embaixador canadense na China, David Mulroney, na sexta-feira. “A habilidade para falar sobre livre comércio será colocada na geladeira por um tempo. Mas vamos ter que viver com isso. Esse é o preço de lidar com um país como a China.”
A prisão de Meng aconteceu no mesmo dia em que o presidente americano Donald Trump encontrou-se com Xi Jinping, na Argentina, para buscar maneiras de resolver uma cada vez pior guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.