Funciona assim: você escaneia com seu celular o código de barras de um alimento, e aparecem na tela informações sobre o mesmo, bem como uma nota de 0 a 100. Se for muito processado, tiver ingredientes controversos ou açúcar em excesso, o placar cai. E vice-versa caso contenha fibras e nutrientes. É esse o modo de funcionamento do Desrotulando, um aplicativo brasileiro que vem fazendo sucesso graças a um vídeo que viralizou via WhatsApp.
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Muita gente que defende alimentação saudável prega a importância de saber o que tem de ingrediente – de primeira, assim, me vem à mente a Rita Lobo, por exemplo. Nas vezes em que tentei, desisti porque aquele monte de nome mais complicou que elucidou. O aplicativo entra em cena bem nessa hora — no vídeo viral, um rapaz escaneia dois tipos de leite, e um deles tem nota consideravelmente mais baixa por conter ingredientes que são proibidos em outros países.
O app foi criado pelos casal de empreendedores Gustavo Haertel Grehs, 38, e Carolina Grehs, 34. Ele é formado em computação, ela é nutricionista. O formato atual do conteúdo veio depois de tentativas de um software online de prescrição de dietas para profissionais da área de Carolina usarem em consultório e de um blog em que ela comparava rótulos de produtos.
Há uma versão grátis, bem eficiente, que permite o acesso às notas seja ao escanear o rótulo ou ao digitar o nome do produto, e uma premium. Esta dá acesso a perfis de consumo e ajuda a pessoa a entender se tal produto se encaixa, por exemplo, num objetivo de perda de peso.
O embasamento para os critérios de avaliação vem do Guia Alimentar para a População Brasileira, que tem a chancela de pesquisadores da USP. Também usa como referência resoluções, decretos e portarias da Anvisa, a Ley de Alimentos Manual Etiquetado Nutricional (Chile) e o Modelo de Perfil Nutricional da Organização Pan-Americana da Saúde.