Apresentada didaticamente pelo secretário especial de Desburocratização, Paulo Uebel, a medida contém estímulos importantes às startups – entre outras ações baseadas na remoção de entraves ao ambiente de negócios. Ou seja: um passo concreto contra o famoso dogma de “como é difícil abrir uma empresa no Brasil”, repetido em dez entre dez discursos sobre crescimento econômico e custo Brasil.
A palavra “Brasil” não foi repetida quatro vezes na introdução acima por acaso. Foi para ver se ele escuta. Alô, Brasil! Você ouviu falar da MP da Liberdade Econômica?!
Pensando bem, não sobra tempo mesmo para falar das medidas de liberdade econômica – tocadas por Paulo Guedes, Mansueto Almeida, Campos Neto, Salim Mattar, Tarcísio Freitas, Rogério Marinho, entre outros integrantes de uma das melhores equipes de governo que o país já viu (se é que viu). É muito mais importante ficar nas redes sociais tocando as trombetas do apocalipse contra a ameaça fascista.
Por que Bolsonaro, um capitão do Exército com sucessivos mandatos de deputado que nunca esteve associado à pauta da liberdade econômica, montou uma equipe dessas? Não interessa, perguntem a ele. O fato é que a equipe foi anunciada e não era uma miragem – tanto que foi empossada e está dando duro em Brasília, enquanto as cassandras preveem o fim do mundo no Twitter a cada segunda-feira.
Não chega a ser novidade. Na época do Plano Real, a cada trombada de ACM com os tucanos, regada ao vinagre de mau-olhado petista, o mundo também acabava uma vez por semana. Enquanto isso, foi feita a estabilização monetária, o controle da inflação e privatizações fundamentais como a da telefonia – que também era golpe e foi aprovada debaixo de pedrada e sangue (tudo literal aí, licença poética só para o fim do mundo – por enquanto).
No Plano Real, a cada trombada de ACM com os tucanos, o mundo também acabava toda semanaE aí estão novamente as cassandras, os corneteiros do fracasso, os colunistas sociais do fascismo imaginário, os democratas de butique e a resistência cenográfica, todos vendendo seu peixe por um mundo melhor. Eles merecem ter de volta um Arno Augustin no Tesouro, pedalando livremente com um Nelson Barbosa na Fazenda, porque estão com saudade de entregar seu dinheiro aos gênios da militância parasitária. Vai, Brasil, vender peixe fresco no deserto! Ou então para de ouvir os feirantes do apocalipse e presta atenção ao trabalho.
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