Startup israelense desenvolve bife em laboratório

15 de julho de 2019
Amir Cohen/Reuters

Funcionários da Aleph Farms trabalham em laboratório da empresa em Rehovot, Israel

Os clientes de alguns restaurantes de alto padrão em breve poderão comer um bife feito em laboratório, graças a uma startup israelense que busca explorar as preocupações dos consumidores com saúde, meio ambiente e bem-estar animal.

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Enquanto hambúrgueres e carne de frango de laboratório já estão em desenvolvimento em todo o mundo, a Aleph Farms de Israel afirma ser a primeira a desenvolver bifes em laboratório e está negociando com alguns restaurantes de alto padrão nos Estados Unidos, Europa e Ásia para colocá-lo no mercado em 2021.

Ela planeja inicialmente oferecer um bife minúsculo desenvolvido a partir de células retiradas de uma vaca, evitando a necessidade de abater o animal no processo ou usar antibióticos que podem ser prejudiciais para quem comê-lo.

A Aleph Farms espera ter seu produto em um número limitado de cardápios de restaurantes a partir de 2021, em fase de testes, visando um lançamento oficial em 2023, primeiro em restaurantes e depois em lojas.

Seu próximo produto será um bife maior com “as propriedades que gostamos e todos sabemos”, disse Neta Lavon, vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento.

Um de seus bifes – uma fatia fina de carne cozida – hoje custa cerca de US$ 50, mas a Aleph Farms diz que espera reduzir isso até 2021 para apenas um pouco a mais dos preços atuais de bifes oferecidos em restaurantes. Eventualmente, a produção pode ser massificada, reduzindo o preço.

A demanda por substitutos tradicionais de carne está crescendo e analistas estimam que o mercado de carne feita a base de vegetais dos EUA, por exemplo, pode valer US$ 100 bilhões até 2035.

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O número de startups que produz carne desenvolvida em laboratório subiu de quatro no final de 2016 para mais de duas dezenas no ano passado, de acordo com a empresa de pesquisas de mercado Good Food Institute.

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