A área de transformação digital da empresa de tabaco de 116 anos começou seus trabalhos há 18 meses com investimento de R$ 3,5 milhões e virou prioridade para o board da empresa, que vê tecnologia como uma forma de gerar resultados financeiros e de resolver problemas do negócio.
Os ganhos de produtividade na empresa já são tão animadores que o investimento em digital será aumentado no próximo ano, e projetos bem-sucedidos serão replicados outros mercados. A Souza Cruz é subsidiária da British American Tobacco, maior empresa de tabaco do mundo e presente em mais de 200 países.
“A experimentação e inovação na cadeia produtiva acontece muito fortemente no Brasil, porque este mercado cobre desde a parte agrícola até a distribuição, e isso nos fornece dados integrados de todo o processo e em grande escala”, explica Beatriz, que é baseada em Londres.
“Além de expandir para além das fronteiras do Brasil, queremos que nossas iniciativas de inovação sejam benéficas internamente, mas que também alcancem nossos clientes.”
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“Isso abriu uma janela enorme de oportunidades para nós, pois trabalhamos não só dados que tínhamos internamente, mas combinações criativas com várias outras fontes [externas], que geram insights valiosos”, descreve Beatriz.
Um bot chamado Robyn ajudou a empresa a agilizar pesquisas no departamento jurídico e será expandido para recursos humanos. “Começamos pilotos de tecnologias em certas áreas e muito rapidamente temos identificado o potencial de adoção em diversas áreas do negócio.”
A digitalização também ajudou no processo contratual entre a empresa e produtores rurais. Segundo a executiva, trâmites no modelo tradicional com documentos físicos que levavam mais de duas semanas agora são concluídos em cinco dias.
Tecnologia de realidade virtual também está em uso para apoiar a manutenção remota de máquinas no Brasil por técnicos da empresa na Alemanha, segundo Beatriz.
“Estamos começando a expandir iniciativas dentro das áreas ou expandindo para outras partes do negócio e agora começaremos a ter benefícios ainda mais significativos”, aponta.
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A readaptação dos processos de trabalho para adotar abordagens mais colaborativas, ágeis e flexíveis tem sido um desafio, que a empresa vence à medida em que os benefícios continuam a serem entregues.
Mas o fator crucial para a evolução da digitalização da empresa, segundo Beatriz, é o patrocínio da diretoria. “O fato de que a liderança banca a transformação digital e acredita nisso é um fator fundamental para o sucesso desse plano.”
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A brasileira Blockum quer ser o maior ecossistema de blockchain do mundo, com mais de 50 mil nós validadores até 2021. A iniciativa, que diz ser o primeiro ecossistema sem fins lucrativos de blockchain do Brasil e o segundo do mundo, foi lançada pela empresa de tecnologia Golchain. A rede foi inspirada na espanhola de fomento de blockchain Alastria, que tem membros como o Santander e Telefónica. A iniciativa brasileira tem o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, a Universidade Estadual de Londrina, Pontifícia Universidade Católica do Paraná e a operadora Sercomtel como apoiadores iniciais.
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A Associação Brasileira de Startups abriu a primeira fase da sexta edição do Startup Awards. Até o dia 25, haverá a votação popular aberta para diversas categorias que incluem a melhor aceleradora, investidor anjo e startup revelação do ano. Um conselho irá votar e selecionar os três finalistas de cada grupo até o dia 1º de novembro, e os finalistas serão revelados durante a Conferência Anual de Startups e Empreendedorismo (CASE) 2019, nos dias 28 e 29 de novembro, em São Paulo.
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