- O Facebook anunciou que não vai autorizar que propagandas que desencorajam pessoas a votar sejam veiculadas em suas redes;
- O CEO da rede social, Mark Zuckerberg, já havia declarado anteriormente que não se deve mexer com o discurso político das pessoas, mesmo que esteja errado;
- Para o dono do Facebook, banir propagandas políticas só beneficia quem já está no poder;
- A polêmica das falsas informações de redes sociais chegou a até a filha de Martin Luther King Jr, Bernice King. Ela afirmou que a desinformação política ajudou a matar seu pai.
O Facebook disse hoje que começará a proibir anúncios pagos que sugerem que votar é inútil ou que aconselham as pessoas a não votarem. A medida é parte de um conjunto de mudanças incrementais da política contra a desinformação, antes das eleições presidenciais de 2020, nos EUA.
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Zuckerberg disse em uma teleconferência que anúncios que desencorajam as pessoas a votar serão proibidos porque tiram “as vozes de outras pessoas”.
O Facebook também disse que vai rotular com mais clareza informações erradas revisadas por verificadores de fatos independentes, além de marcar páginas e anúncios da mídia controlada pelo Estado (não inclui a mídia pública).
Separadamente, o Facebook removeu quatro novas campanhas de desinformação com links para a Rússia e o Irã, em um esforço para acelerar as ações de coação de países estrangeiros antes das eleições de 2020.
Na teleconferência, Zuckerberg continuou a defender a permissão de anúncios políticos como um todo, dizendo que essas propagandas compõem uma pequena fatia dos negócios do Facebook e bani-los completamente “favorece quem já está no poder e as pessoas que a mídia mais fala sobre”.
Zuckerberg respondeu às críticas da filha de Martin Luther King Jr., Bernice King. Depois de o executivo fazer um amplo discurso expondo suas opiniões sobre a liberdade de expressão, King disse na semana passada que a desinformação criou uma atmosfera que levou ao assassinato de seu pai.
“Acho que ela está certa, a desinformação provavelmente teve um papel no assassinato dele”, disse Zuckerberg. Mas ele acrescentou que uma das coisas que “o inspira” sobre Martin Luther King Jr. é que “ele nunca perdeu a fé na importância da liberdade de expressão”.
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