O deal de US$ 1,5 bilhão terá uma estrutura incomum, que inclui US$ 700 milhões do fundador Ritesh Agarwal, com o VisionFund, veículo da SoftBank focado no setor de tecnologia e outros parceiros como a Lightspeed Venture Partners e Sequoia India contribuindo o restante.
Com o reforço de capital, o valuation da OYO, que já é a segunda maior rede de hotéis no mundo com mais de um milhão de quartos, chega a US$ 10 bilhões. Enquanto isso, a operação no Brasil, liderada desde abril pelo ex-gerente geral do Rio de Janeiro na Uber, Henrique Weaver, cresce exponencialmente.
Segundo uma fonte, a força de trabalho da empresa asiática no Brasil já se aproxima dos 1.000 funcionários.
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Um estágio importante do modelo da OYO é a identificação de pequenos hotéis decadentes, porém com boa localização, que possam se tornar novos franqueados da empresa. As propriedades então passam por um “banho de loja”, com reformas nos quartos, troca de enxovais e instalação de Wi-Fi de boa qualidade. Dezenas de hotéis já foram e estão sendo reformados pela empresa em todo o país.
Grande parte do efetivo da OYO são pessoas que desempenham o cargo que a empresa chama de “executivos de transformação”, funcionários encarregados de avaliar o estado de hotéis que podem ser aderentes ao perfil que a startup busca agregar à sua oferta, bem como acompanhar o trabalho e budget de reforma das propriedades de acordo com o layout branco e vermelho da empresa.
Este batalhão de executivos, que inclui pessoas com background de hotelaria tradicional, bem como arquitetos e engenheiros, estão presentes nos quatro cantos do país, em cidades como Araruama, no Rio de Janeiro até São José do Rio Preto no interior paulista, Fortaleza, Belo Horizonte e várias outras capitais brasileiras.
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A empresa, que emprega mais de 20.000 pessoas em sua operação global, já espalha seus tentáculos para outras áreas que vão desde negócios editoriais e compartilhamento de escritórios até a oferta de uma plataforma que cobre todo o processo de reforma, ocupação e administração de imóveis para aluguel.
Isso vai além da simples agregação e reserva de propriedades, algo já feito pela Airbnb, que, ciente do perigo oferecido pela startup indiana, tratou de se tornar sócia em abril deste ano.
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A Universidade de São Paulo (USP) ganhou a competição para se juntar à IBM e Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) no que as instituições prometem que será o mais avançado Centro de Pesquisa em Engenharia em Inteligência Artificial (IA) do Brasil. O centro, que será sediado no Centro de Inovação InovaUSP, localizado na Cidade Universitária, em São Paulo, tem previsão de lançamento para o início de 2020. R$ 20 milhões serão investidos pelas instituições na próxima década, numa estrutura onde a USP fica com a conta de R$1 milhão por ano e a IBM e a Fapesp com R$ 500 mil cada. As pesquisas serão aplicadas a diferentes segmentos do mercado, com focos em recursos naturais, agronegócio, meio ambiente, finanças e saúde. A intenção é criar “avanços científicos significativos”, bem como formar pesquisadores e profissionais em IA.
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Angelica Mari é jornalista especializada em inovação há 18 anos, com uma década de experiência em redações no Reino Unido e Estados Unidos. Colabora em inglês e português para publicações incluindo a FORBES (Estados Unidos e Brasil), BBC, The Guardian e outros.
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