Por que começar por pagar o seu "eu" futuro!

15 de outubro de 2019
Getty Images

Cuidar do próprio dinheiro é a fórmula mais simples de exercer poder e respeito

Face ao momento atual das mulheres, pensar em independência financeira virou moda, porém, como construir uma vida em que o dinheiro seja nosso equilíbrio, e não fonte de ansiedade?

Para muitas, a única alternativa viável é trabalhar duro e se aposentar com o fruto da limitada Previdência, aos 62 anos. Já outras se contentam com uma mesada do marido. Tem ainda as que sobrevivem de uma pensão do ex-cônjuge ou dos filhos. Há, por outro lado, as que esperam uma reconhecida herança.

A coisa mais surpreendente que descobri ao longo de minha carreira foi que ganhar e cuidar do próprio dinheiro é a fórmula mais simples de exercer poder e respeito. Não sobre os outros, mas sobre si mesma.

Há uma grande diferença entre ser interesseira e interessada. A primeira é fonte de vulnerabilidade e incertezas, a segunda, de segurança e domínio próprio.

Se hoje suas fontes de entrada de recursos cessassem, por quanto tempo suas reservas financeiras a sustentariam? Quanto dinheiro ou ativos você possui? Lembre-se de que só é seu aquilo que está 100% sob o seu domínio.

De cada dez mulheres, ao menos oito terão de cuidar de suas finanças em algum momento de sua vida. Quão preparada você está?

Não é fácil abrir mão do desfrute no presente para apostar no seu “eu” futuro. Mas, em passos largos, caminham tempo e estatísticas. Imagine que há 10 anos, se você tivesse planejado sua riqueza, certamente estaria mais próxima agora de sua liberdade financeira. Lembra o juro composto? Pois é, esse cidadão é peça chave à sua independência. Quanto mais disciplinada e honesta você for consigo mesma, menos dependerá de outros.

O termo investir vem do latim revestir, vestir de novo sob outra ótica, resguardar-se. Como você investe seu dinheiro? Em que tipo de consumo?

Você pode escolher comprar coisas, experiências e/ou produtos financeiros. Ocorre que esses últimos são responsáveis por todos os outros.

Não existe fórmula mágica. O segredo é começar logo e aprender a comprar ativos que financiam a vida que queremos levar.

Lamento informar, mas delegar suas finanças ao gerente de banco ou a assessores de investimentos pode tolher de sua vida anos de experiëncias agradáveis. O simples fato de ficar pelo caminho altas taxas, impostos e exposição a produtos ruins faz seu dinheiro deixar de financiar suas escolhas e passar a engordar os fartos caixas das grandes instituições bancárias.

Portanto, a regra é simples: você precisa de 3 atitudes imediatas para iniciar seu processo de independência.

A primeira é escolher uma plataforma de investimentos e abrir uma conta. Assim, você terá acesso a um novo shopping online, neste caso, de produtos financeiros. Escolha uma plataforma independente, fora dos bancos.

Em seguida, faça depósitos todos os meses. É imprescindível destinar cerca de 20% (aqui, já está incluído a previdência pública ou privada) de suas receitas todos os meses para a conta de sua plataforma.

Por último, você vai comprar um título público chamado Tesouro Selic, o mais seguro do mercado e com rendimento bem superior à poupança. Isso apenas até formar o que chamamos de reserva para incertezas ou oportunidades. O valor acumulado nesse produto deve ser em torno de 3 vezes o seu custo fixo mensal.

Aliás, você já sabe quanto custa sua vida?

Após essas iniciativas, vamos partir para novos produtos dentro do shopping financeiro.

Invista no seu “eu futuro”, pois nunca sai de moda ser dona de si.

 

Francine Mendes é educadora financeira para mulheres, economista pela Universidade Federal de Santa Catarina, com mestrado em psicanálise do consumo pela Universidade Kennedy. Apresentadora do canal Mary Poupe, no YouTube, e comunicadora na RiCTV Record.

 

Siga FORBES Brasil nas redes sociais:

Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn

Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.

Tenha também a Forbes no Google Notícias.

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.