A nova parceira é a Resale, startup de Piracicaba (SP) que atende o braço imobiliário de grandes bancos comerciais com a digitalização do tortuoso processo de aquisição deste tipo de imóvel.
Até recentemente, o BB vinha articulando formas de se relacionar com novos negócios e lançou uma plataforma em março para este fim. No entanto, segundo uma fonte próxima da operação, este é o primeiro acordo comercial firmado entre o banco e uma startup, e foi até motivo de celebração entre os funcionários do banco.
Inicialmente, os imóveis serão vendidos pelo site da Resale, mas em breve uma vitrine com imóveis exclusivos do BB deverá ser lançada. A expectativa é expandir o modelo em 2020 para todo o Brasil.
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A Resale começou com dez funcionários em 2015 e foi a primeira saída do modelo de equity crowdfunding, pelo qual os 33 apoiadores da empresa deram lugar ao BTG Pactual, que adquiriu o controle da empresa em junho deste ano.
“[O piloto] valida nosso modelo de popularizar o acesso a este tipo de imóvel e trazer liquidez aos bancos”, aponta o fundador da startup, Marcelo Prata.
Segundo Prata, o mercado de imóveis retomados no Brasil é de aproximadamente R$ 18 bilhões. Porém, instituições são reticentes quanto a retomar os ativos e assumirem as dívidas associadas.
Por outro lado, o comprador individual também tem receio de recorrer a este meio para comprar uma casa ou apartamento, pois somente 10% dos imóveis estão desocupados e o processo envolve leilões e processos sobre os quais consumidores não têm conhecimento.
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Iniciativas da Resale para aperfeiçoar sua plataforma incluem uso de inteligência artificial para melhor precificar imóveis e identificar os melhores canais de venda. Um chatbot, chamado Rose, foi lançado há duas semanas para apoiar o processo de identificação de compradores.
A startup agora caminha para a digitalização de outras partes do processo, como a gestão de visitas, limpeza e reforma dos imóveis, por meio de integração com outras empresas.
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À medida que a Black Friday se aproxima, a Loggi continua aumentando sua rede de centros de processamento de pacotes. A empresa quintuplicou sua capacidade desde o lançamento do serviço de entregas de e-commerce com frete gratuito ilimitado Prime, da Amazon. Segundo uma fonte, cerca de 30 centros de cross-docking já foram abertos na capital paulistana para apoiar o aumento da demanda.
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Angelica Mari é jornalista especializada em inovação há 18 anos, com uma década de experiência em redações no Reino Unido e Estados Unidos. Colabora em inglês e português para publicações incluindo a FORBES (Estados Unidos e Brasil), BBC, The Guardian e outros.
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