Mercados em cautela com acordo EUA-China

15 de janeiro de 2020

Investidores aguardam acordo EUA-China

O acordo entre Estados Unidos e China chamado “lindo monstro” pelo presidente Donald Trump não anima os principais mercados mundiais, com investidores céticos à espera de resultados práticos após 18 meses de disputa comercial entre os dois países.

A cerimônia de assinatura da fase 1 do pacto será hoje (15) na Casa Branca, em Washington, onde o vice primeiro ministro chinês Liu He está desde o início da semana.

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Os EUA concordaram em reduzir pela metade a alíquota de 15% de imposto sobre US$ 120 bilhões em importações e adiar outros em troca das promessas chinesas de fazer reformas estruturais e comprar outros US$ 200 bilhões em bens e serviços norte-americanos nos próximos dois anos.

Espera-se que tarifas punitivas permaneçam em quase dois terços das importações norte-americanas da China (cerca de US$ 360 bilhões em mercadorias) até as eleições de novembro. Uma questão que dependeria de uma fase 2 do acordo para ser negociada.

Na Ásia, as bolsas fecharam em queda com Nikkei (Japão) em baixa de 0,45% aos 23.916 pontos, Kospi (Coreia) com perda de 0,35% aos 2.230 pontos e Shangai Composite (China) com desvalorização de 0,54% aos 3.090 pontos. Na Europa, índices oscilavam perto da estabilidade.

Além dos olhares voltados à capital norte-americana, a atenção dos investidores também estará na carregada agenda econômica do dia.

Nos EUA, dados de pedidos de hipotecas, inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) e o Empire Manufacturing, com a atividade no estado de Nova York que serve como referência para a situação em todo o país.

Às 4h da tarde, horário de Brasília, haverá a divulgação do Livro Bege pelo Federal Reserve, o banco central dos EUA. O documento descreve a situação da economia em cada um dos 12 distritos da autoridade monetária norte-americana.

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Luciene Miranda é jornalista especializada em Economia, Finanças e Negócios com coberturas independentes na B3, NYSE, Nasdaq e CBOT.

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