Boomers x millennials: qual das gerações é mais ambientalista?

20 de fevereiro de 2020
Reprodução Forbes

Mais millennials dizem estar “dispostos” a doar para organizações que trabalham para reduzir o aquecimento global

Crianças que saem da escola para protestar contra a mudança climática, millennials se tornando veganos e uma geração “planeta azul”: supõe-se que os jovens têm mais consciência ambiental do que seus pais.

No entanto, quando se trata de reduzir ou reverter as pegadas de carbono, evidências mostram que os mais velhos estão muito à frente dos millennials e da geração Z.

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Uma pesquisa realizada pelo Censuswide para a Aviva, seguradora do Reino Unido, constatou não apenas que as pessoas com mais de 55 anos estavam à frente em quase todas as atividades ambientais monitoradas, mas que os jovens entre 16 e 24 anos eram os piores infratores.

Isso inclui a reciclagem em lixeiras de coleta seletiva locais (84% das pessoas com mais de 55 anos contra 54% dos jovens de 16 a 24 anos), evitar itens de plástico de uso único (66% contra 55%), comer apenas frutas e legumes da estação (47% contra 33%) e reduzir o transporte por meio de avião (24% contra 21%).

A pesquisa, consultou 4.000 adultos no Reino Unido, encontrou apenas duas áreas em que os jovens de 16 a 24 anos estava à frente de seus pais (ou avós): tornar-se veganos e comprar itens de segunda mão ou andar de bicicleta.

Boomers gastam mais dinheiro com o meio ambiente

Não é apenas no estilo de vida que as gerações mais velhas são mais ambientalmente conscientes. O mesmo se aplica à caridade e doações.

E AINDA: O luxo de não ter nada

A proporção de indivíduos com patrimônio líquido muito alto (aqueles com mais de US$ 30 milhões) que fazem doações para iniciativas ambientais é de 34%, segundo relatório da empresa de pesquisa de patrimônio Wealth-X. Mas, quando discriminados por faixa etária, apenas 24% de pessoas com menos de 45 fazem doações para a causa, contra 38% com mais de 65 anos.

Apesar do resultado, mais millennials dizem estar “dispostos” a doar para organizações que trabalham para reduzir o aquecimento global. Segundo o Programa de Comunicação de Mudanças Climáticas de Yale, 38% dos millennials estão dispostos a doar para causas ambientais, contra 30% dos baby boomers.

Vale ressaltar que há menos milionários com menos de 45 anos. A renda média para maiores de 55 anos também é substancialmente mais alta do que entre jovens de 16 a 24 anos, o que significa que as gerações mais velhas podem se dar ao luxo de se dedicar e doar para causas ambientais.

A geração Z e os millennials também podem argumentar que seus pares são responsáveis ​​por muitos dos problemas ambientais que existem hoje. Plásticos descartáveis, férias no exterior e o gosto por frutas e vegetais exóticos são tendências de consumo herdadas da geração de seus pais.

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No entanto, movimentos de consumidores mais jovens, fast fashion, voos de baixo custo e até mesmo alguns estilos de vida veganos, podem ser tanto ou mais ambientalmente destrutivos do que antigos hábitos de consumo.

“Vida verde e comportamentos climaticamente conscientes são frequentemente vistos como o domínio dos jovens, mas esta pesquisa sugere que os mais velhos estão silenciosamente na frente com medidas efetivas para cuidar do planeta”, diz Zelda Bentham, chefe do grupo de sustentabilidade da Aviva.

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