A GiveDirectly, uma organização sem fins lucrativos de Nova York fundada pelo empresário Michael Faye, 39 anos, está liderando o esforço. Enquanto fazia seu doutorado em economia em Harvard, Faye aprendeu que fornecer dinheiro –não treinamento ou educação da força de trabalho– é a melhor maneira de ajudar os extremamente pobres. “O dinheiro reconhece que um tamanho não serve para todos”, diz ele. “Os extremamente pobres têm escolhas terrivelmente difíceis de fazer. Envio minha filha para o ensino médio ou alimento meu recém-nascido?”, fala. Os doadores sabem pouco sobre a vida dos destinatários; portanto, o dinheiro os ajuda mais, diz ele.
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Em março, depois que o coronavírus desacelerou a economia dos EUA, a GiveDirectly precisava de uma maneira de identificar rapidamente americanos extremamente pobres e afetados financeiramente pelo vírus. Fez uma parceria com a startup de fintech Propel, cujo aplicativo Fresh EBT tem mais de 2 milhões de usuários de baixa renda. A plataforma ajuda os destinatários de cupons de comida a verificar seus saldos sem precisar ligar para um 0800. Com a orientação da GiveDirectly, a Propel tem como alvo os códigos postais mais pobres que foram os mais afetados pelos casos de coronavírus para decidir quem será receberá o benefício.
“Estamos felizes por termos conseguido operacionalizar tão rapidamente”, diz Faye. “Nesta semana, movimentaremos mais de US$ 10 milhões, que é essencialmente o dinheiro que levantamos na semana passada”. Os destinatários podem receber o montante através de depósito direto em uma conta bancária, cheque em papel, PayPal, Venmo ou retirada em um local MoneyGram.
A organização beneficente Stand for Children, de Portland, no estado norte-americano do Oregon, é colíder do Project 100 com a GiveDirectly e a Propel. Está doando tempo para a equipe responder às perguntas dos destinatários, trazendo filantropos como doadores e recrutando influenciadores como Julia Louis-Dreyfus para espalhar a notícia.
Andrew Yang também está ajudando a espalhar a notícia sobre o Project 100. Em uma escala mais ampla, Yang transformou a ideia de dar aos americanos dinheiro em uma conversa nacional, apoiando projetos de renda básica universal. Outros que ajudam a GiveDirectly a espalhar a notícia são Ariana Grande e a ex-congressista da Georgia Stacey Abrams.
Separadamente do Project 100, a GiveDirectly está enviando milhões de dólares a consumidores de países como Quênia, Uganda e Marrocos, que foram afetados financeiramente pelo coronavírus. Como dólares valem mais nestes países, a GiveDirectly dá quantias diferentes. No Quênia, pessoas nas favelas de Nairóbi recebem US$ 28 por mês durante três meses. O objetivo é atingir até 200 mil pessoas. A GiveDirectly está tentando arrecadar mais US$ 100 milhões para um esforço de assistência à África, à medida que o coronavírus se espalha por lá.
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