A estratégia para retomada da economia, que vem sendo coordenada pela Casa Civil, está sendo informalmente chamada de “Plano Marshall“, em referência ao programa criado pelo governo dos Estados Unidos para recuperação dos países europeus depois da Segunda Guerra.
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Em uma reunião ministerial na manhã desta quarta-feira, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, apresentou a possibilidade de tocar rapidamente entre 70 e 150 obras, entre algumas já iniciadas e outras que podem ser implementadas rapidamente por já terem projetos e licença ambiental prontos.
Nesta área, o investimento seria de R$ 30 bilhões, sendo R$ 12 bilhões de recursos novos, além dos previstos no Orçamento – aproximadamente R$ 6 bilhões por ano, de acordo com uma das fontes.
Nas contas do ministério, essa retomada permitiria a criação de até 1 milhão de empregos por ano, afirmou a fonte.
De acordo com a fonte, deve ser possível tocar várias ações especialmente na área de saneamento, cujo novo marco regulatório prevê concessões à iniciativa privada.
Além disso, o Ministério do Desenvolvimento Regional prepara um diagnóstico de obras nas áreas de habitação, além do saneamento, que podem ser rapidamente retomados.
MINAS E ENERGIA
“Está se desenhando um novo modelo para pôr no mercado. A intenção é colocar na rua o máximo de coisas para fazer a economia girar”, disse a fonte.
Em infraestrutura, a conta é que o programa de concessões pode ser acelerado para apresentar uma carteira de R$ 230 bilhões a serem contratados até 2022. No entanto, em uma economia mundial em recessão, não há garantias de sucesso nos leilões.
De acordo com essa fonte, no entanto, o plano não tem previsão de ser posto em prática até o abatimento da epidemia. “Não se sabe ainda quando isso vai ser e quando se vai poder começar. Está se trabalhando em um plano ainda”, disse.
Na semana passada, o ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, assinou uma resolução criando um grupo de trabalho para colocar de pé “ações estruturantes e estratégicas para recuperação, crescimento e desenvolvimento do país”, no âmbito do comitê. Esse grupo, que incluiu todos os ministérios, reuniu-se na manhã desta quarta.
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Parte do governo vê como única saída um investimento maciço de recursos públicos para acelerar a economia, o que é visto com reticências pela equipe econômica.
A equipe econômica é refratária à mensagem de uso de recursos públicos para alavancar a economia e tem defendido que isso deve ocorrer através da atração de investimentos privados a partir da realização de reformas, privatizações e disponibilização de crédito.
(com Reuters)
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