A pandemia de coronavírus jogou luz sobre a questão da saúde mental. Muitos levantamentos já divulgados – cito a excelente pesquisa de comportamento ConVid, da Fiocruz – dão como certo que a crise fez explodir os casos de distúrbios do sono, ansiedade, estresse, depressão, consumo de álcool e medicamentos por uma parcela significativa da população brasileira.
Quando falo da saúde mental da população brasileira, também me refiro, evidentemente, à saúde mental dos colaboradores, a alma das organizações. Afinal, as empresas só existem porque há pessoas por trás delas. O que nós, médicos, temos visto não é muito animador: gestores angustiados com esse retorno às atividades – seja nos escritórios, seja nas plantas.
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Boa parte da aflição vem do peso da responsabilidade que eles têm sobre a segurança de seus empregados, mas também vem do fato de que a pandemia passou a evidenciar o tema da saúde mental nas empresas, uma questão cara aos gestores, pois impacta diretamente na produtividade de seus colaboradores. Se nós médicos que tratamos disso não esperávamos que a saúde mental fosse ganhar um protagonismo tão grande quanto agora, que dirão os gestores? Ninguém estava preparado para isso.
É certo que muitas organizações deverão manter uma parcela de seus empregados em home office, mas a outra parcela deverá retornar ao ambiente de trabalho – de fato, muitos já voltaram. Será que essa fatia está preparada e/ou foi treinada para lidar com a nova realidade nos escritórios e plantas? Antes do coronavírus, não havia grandes preocupações com elevadores lotados – na realidade, sequer nos atentávamos disso. Salas do café eram espaços também para a confraternização entre colegas de trabalho. Levava-se marmita. Como fica agora que é necessário baixar a máscara? Aliás, como fica agora que todos terão de usar máscaras full-time?
Mais do que isso, todos estamos inseguros com o que nos aguarda num futuro próximo, estressados por ter de dar conta de nossa vida privada, que agora, mais do que nunca, está colada ao nosso cotidiano de trabalho em casa – às vezes, até “invade” reuniões de trabalho, como temos visto em divertidas cenas de filhos ou netos nas redes sociais.
Eu e a colega – e também psiquiatra – Camila Magalhães vamos receber um time de craques para discutir esses temas no dia 11 de agosto, às 18h30, na plataforma Zoom. São eles o empresário Nizan Guanaes; Fernando Guanem, diretor de Governança Clínica do Hospital Sírio Libanês; Maurício Ceschin, médico da Mantris; e Cristina Weiss, diretora de RH do grupo Swiss Re. O webinar, promovido pela Forbes Brasil, terá mediação de Antonio Camarotti, CEO da Forbes. Os ingressos podem ser adquiridos na plataforma Sympla. Este é um tema da maior relevância, tanto para empresários quanto para colaboradores.
Dr. Arthur Guerra é professor da Faculdade de Medicina da USP, da Faculdade de Medicina do ABC e cofundador da Caliandra Saúde Mental.
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