Diante da oitava maior economia do mundo e estrategicamente colocado como a segunda maior economia das Américas, não se pode imaginar que um presidente americano, independentemente do partido, possa fechar os olhos ao nosso país.
Força estabilizadora continental e com tradição democrática, 210 milhões de habitantes, uma sólida base industrial e agrícola, com universidades e empresas com capacidade gerencial, nós nos impomos naturalmente. Poderíamos, é claro, ser mais ativos na política internacional. Mas daí a sermos enxovalhados por comentários colonialistas de brasileiros desconectados com a realidade mundial nos traz uma tristeza enorme.
Vacinação em massa, SUS apoiado como grande conquista brasileira, paz social e luta para arraigar a pobreza neste rico país. Esta é a mensagem que cada um de nós deve transmitir aos governantes eleitos ou reeleitos e àqueles no exercício do poder. Sem ufanismo, mas conscientes do valor destes 27 estados unidos em uma só nação. As afirmações como nação, no entanto, devem ser mais amplas e mais incisivas. Cito o caso da consulta popular em Bruxelas, organizada por grandes empresas agrícolas da França e de países vizinhos, em prol do protecionismo e subsídios da Comunidade Europeia, aos pequenos agricultores. É um documento assinado por oito países europeus. O tema é Amazônia e seus incêndios, e o objetivo é o de proibir importações de carnes e derivados e de grãos produzidos no Brasil.
Mas a mão boba por trás, com o apoio de governos que inclusive detêm áreas na própria Amazônia, visa bloquear só os produtos brasileiros na falácia de proteger o meio ambiente. Fundamental que os produtores brasileiros acionem seus importadores, a imprensa e os governos para contestarem de forma estridente tais abusos e tais infringências ao livre-comércio.
Creio que as câmaras de comércio bilaterais têm um papel importante para refutar as inverdades e dar testemunhos da realidade de um país que protege 76% de seu território e tem, no combustível verde, etanol e biodiesel, as armas mais modernas na descarbonização da atmosfera e no controle da poluição ambiental. A mobilização do país, hoje sofrendo uma guerra comercial ao se tornar o maior produtor de alimentos do mundo, é necessária. Governo, classes produtoras, empresas estrangeiras, aqui acolhidas como se brasileiras fossem, e imprensa sem cores têm de se alinhar nesta batalha. Esta é guerra do momento, e a convocação deve vir de cada um de nós.
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