Em Houston, foi homenageado pelo presidente Barack Obama, na cerimônia de inauguração do Baker Institute for Public Policy, junto à Rice University, no Texas. Instituto com o qual organizei um convênio para cientistas brasileiros, que lá estagiaram nas áreas de energia e de física.
Bastaria isso para classificá-lo como um dos reconhecidos e admirados políticos por sua ação desde a famosa reunião do Hotel Plaza (Nova York). Reuniu os países do G8 e coordenou um pacto que poderíamos chamar de pós-Bretton Woods, para o alinhamento das moedas e do mundo financeiro internacional.
Lembrando que o Brasil estava, após a falência do México, na rota direta da insolvência. Através do nosso ex-conselheiro no Brasilinvest, o secretário de Estado George Shultz, ele, Reagan, ao descer do avião em Brasília, anunciou uma linha de crédito para o governo brasileiro de mais de US$ 15 bilhões atuais, que nos safou de uma degradante quebra. Mas, interessante relembrar e ler o livro “The Man Who Run Washington”, recentemente publicado, a trajetória política de um simples advogado de Houston lançado a um período de dez anos às posições de maior relevo na maior capital política do mundo.
Homem de talento, ficou conhecido como o Martelo de Veludo, por sua força e determinação na implantação de políticas nacionais mas, acima de tudo, pelo caráter conciliador e interpartidário com que conduziu seus passos nos Estados Unidos. Sempre buscou o equilíbrio moderador entre os partidos e os agentes das mudanças.
“James A.Baker III ficou conhecido como o martelo de veludo por sua força e determinação na implantação de políticas nacionais mas, acima de tudo, pelo caráter conciliador e interpretação.”Ao ler sobre suas tratativas e conduta no episódio da queda do Muro de Berlim, com os presidentes Bush e Gorbachev e a seu ministro de relações exteriores Eduard Shevardnadze, pude compreender como sua habilidade e competência puderam ajudar na implosão da União Soviética sem que destroços dela atingissem os países democráticos.
Escrevo sobre meu amigo Jim Baker III, pois foi ele que fez a introdução de meu livro “O Lugar do Brasil no Mundo” (2013). Ele encerra sua apresentação com estas palavras:
“O aquecimento global é uma realidade iminente, prevê Garnero, assim como o desflorestamento, a desertificação e a poluição das águas. O Brasil e o resto do mundo têm a obrigação moral de fazer tudo o que puderem para preservar o planeta, não esquecendo que a sustentabilidade também faz sentido como negócio.
À primeira vista, o livro de Garnero é referência para líderes brasileiros. Mas ele é mais. Empresários e líderes de outros países devem ler e apreciar as suas observações, adequá-las e aplicá-las, porque muitas das lições aprendidas no Brasil podem ser virtualmente adaptadas em qualquer país no século XXI.”
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