Foi na Itália, em meados da década de 1970, que se deu o nome de Harmonização à ciência de combinar o vinho e a comida para deixar a refeição mais equilibrada, de forma que os sabores do prato e do vinho não se sobreponham um ao outro. Quando se encontra a interação perfeita, cria-se um terceiro sabor, que é como um momento mágico, que desperta todos os sentidos.
Com tantas opções, como fazer a melhor combinação entre o vinho e a comida, e obter novos e prazerosos sabores?
Um elemento muito importante nesse processo é o sommelier, o profissional especializado em avaliar o vinho corretamente por suas características: visual, olfativa e de paladar. Ele também leva em conta a forma de preparo do prato, com especial atenção ao processo de cocção do principal ingrediente da receita e dos acompanhamentos, inclusive molhos e recheios. O sommelier também sabe a origem do vinho, o tipo de uva e o terroir, que é o nome do local de proveniência da uva, incluído na rotulagem das garrafas francesas, como Bordeaux, Côtes du Rhone ou Champagne.
Enquanto a escola italiana considera a comida como a parte mais importante da refeição e o vinho como acompanhamento, a escola francesa acredita que a bebida é a estrela principal e a comida deve ser escolhida como coadjuvante. Já a escola inglesa prioriza o gosto pessoal de cada um e sugere que a escolha seja individual.
Quem não domina o tema pode seguir algumas pequenas regras para conseguir fazer a sua Harmonização. Basicamente, associam-se ingredientes mais escuros com vinhos tintos e os mais claros, com vinho branco, para assim identificar qual vinho se adapta melhor a cada prato. Os vinhos tintos, por causa do tanino, tendem a ser mais fortes. As uvas com mais taninos são Tannat, Nebbiolo, Cabernet Sauvignon, Tempranillo, Petit Verdot, Malbec e Syrah. As menos tânicas são Pinot Noir, Gamay, Cabernet Franc, Grenache, Merlot e Carménère.
Os vinhos brancos normalmente são mais leves; os rosés, mais refrescantes; os espumantes, mais ácidos e, portanto, fornecem uma maior sensação de frescor. Finalmente, os vinhos doces, que têm alto teor de açúcar, são excelentes para acompanhar a sobremesa.
Carla Bolla é restauratrice do La Tambouille, em São Paulo
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