Agora eu quero falar sobre atletas – ou times – que demonstraram pouca ou bastante inteligência emocional e como isso teve consequências para o desempenho deles.
VEJA TAMBÉM: Simone Biles ensina a importância do autocuidado
A seleção brasileira de vôlei masculino admitiu que sofreu um apagão em quadra, provavelmente por não conseguir administrar a pressão de vencer o time russo, o que os credenciaria à final. O tenista sérvio Djokovic deu um chilique depois de ter perdido uma partida, uma demonstração de que ele não soube reagir bem a uma frustração.
Quem nunca se descontrolou quando pressionado? Quem nunca ficou paralisado quando forçado a apresentar resultados, metas ou bom desempenho? Esse é um sinal de baixa inteligência emocional.
Vimos nesta edição também exemplos de grande inteligência emocional. A jovem Rayssa Leal, medalha de prata no skate, e a nossa grande medalhista Rebeca Andrade nos mostraram como foco aliado à busca de alegria, de diversão, de descontração, de leveza, mesmo estando em uma prova olímpica, em que a pressão por resultados é enorme, foi importante para que conseguissem controlar as suas emoções. O resultado delas também foi consequência disso.
Vimos cenas muito bonitas também no skate, de atletas que haviam perdido em suas provas torcendo pelos adversários, indo comemorar junto àqueles que ganharam. Esses atletas mostraram que é possível responder bem mesmo quando uma situação não sai como gostaríamos. Essa é uma das maiores lições de inteligência emocional que essa Olimpíada nos deixou.
Dr. Arthur Guerra é professor da Faculdade de Medicina da USP, da Faculdade de Medicina do ABC e cofundador da Caliandra Saúde Mental.
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Tenha também a Forbes no Google Notícias.