Cofundador da Netflix já está US$ 1,4 bilhão mais rico

30 de maio de 2018
Reprodução/FORBES

Sua ascensão é anunciada há anos. Hastings entrou no ranking de bilionários em junho de 2014, depois que o preço das ações da Netflix superou o valor de US$ 400 cada uma

Há algum tempo, a Netflix aparece como uma ameaça aos provedores de conteúdo que dominam o mercado, como Disney e Comcast. Agora, os investidores também a tornaram uma empresa mais valiosa. Neste ano, até agora, o serviço de streaming já atingiu um valor de mercado de mais de US$ 152 bilhões.

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Na carona dessa valorização, o patrimônio líquido do cofundador e CEO da empresa, Reed Hastings, também disparou e já aumentou US$ 1,4 bilhão em 2018, para estimados US$ 3,7 bilhões, segundo o ranking de bilionários em tempo real da FORBES. Ele é a 639ª pessoa mais rica do mundo.

Hastings possui cerca de 2,5% das ações da Netflix. FORBES estima que ele acumulou quase US$ 600 milhões líquidos por conta de vendas de ações ao longo dos anos. Em 2016, o CEO anunciou que investiu US$ 100 milhões em um fundo filantrópico para educação.

Sua ascensão é anunciada há anos. Hastings entrou no ranking de bilionários em junho de 2014, depois que o preço das ações da Netflix superou o valor de US$ 400 cada uma.

Em março de 2016, a fortuna do CEO chegou a US$ 1,2 bilhão. Desde então, seus ganhos se aceleraram. Na sequência, seu patrimônio líquido chegou a US$ 1,8 bilhão; a US$ 2,2 bilhões em setembro de 2017; e, finalmente, a US$ 3,6 bilhões nesta semana.

Os investidores estão claramente satisfeitos com a receita e o crescimento de usuários da Netflix. Em 2014, a empresa informou que possui 48 milhões de assinantes em mais de 40 países. Atualmente, possui 125 milhões de usuários em mais de 190 países. Entre 2014 e 2017, a receita anual subiu de US$ 5,5 bilhões para US$ 11,7 bilhões.

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Ao longo do caminho, a Netflix acumulou uma série de prêmios. A empresa conquistou sua primeira vitória no Oscar em 2017, com “The White Helmets”, um documentário sobre socorristas voluntários na Síria. Neste ano, levou outro prêmio da Academia pelo documentário “Icarus”, que investiga o escândalo russo de doping nas Olimpíadas.

No entanto, as coisas nem sempre foram tão boas assim. Em setembro de 2011, depois que Hastings anunciou planos de separar os negócios de DVD e de streaming da empresa, os clientes se revoltaram, e as ações caíram mais de 75%. Desde então, a Netflix investe pesadamente em programação original, com séries como “Orange Is the New Black” e “The Crown”, sobre a rainha Elizabeth II e sua família.

A recente valorização fez alguns investidores sem ações da Netflix questionarem de o preço dos papéis da companhia não seria parte de uma bolha. Mas isso não importa, pois, até agora, Hastings está de volta ao topo.