Por conta disso, muitas empresas fecharam nesse período de instabilidade da economia. De acordo com o IBGE, mais de 700 mil delas não sobreviveram à crise gerada pelo novo coronavírus. E muito disso aconteceu pelo desalinhamento entre a proposta de valor e o interesse do mercado, que ficou mais evidente com o distanciamento social imposto pela pandemia.
Em um momento delicado para todos, compartilhar ideias e soluções se tornou fundamental para as empresas continuarem operando. Para solucionar, ou pelo menos minimizar, os efeitos causados pela crise da Covid-19, diversas companhias se uniram em prol de um mesmo objetivo: ajudar as pessoas e seus ecossistemas de consumidores, ofertantes e prestadores de serviços.
Esses são exemplos claros de que no ecossistema de inovação o empreendedor deve ter a cabeça aberta e pesquisar inovações, conceitos, tendências em todos os cantos do mundo, em diversos segmentos de mercado, e não ficar preso ao que já está estabelecido. Precisa, ainda, ter a capacidade de executar seu plano com poucos recursos, sejam eles de capital financeiro ou humano.
E, vejam, essa característica do empreendedorismo ligado à inovação é muito semelhante – ou deveria ser – ao objetivo de qualquer governo. Com pouco caixa e sempre buscando resolver problemas, os governos se esforçam para prover soluções à população.
Além desses ótimos exemplos de união para os negócios, a economia digital também deveria se unir em torno das políticas públicas para o Brasil. Se as principais empresas do setor se juntarem para ajudar o poder público com temas como o uso da tecnologia, digitalização, qualificação de pessoas, inserção no mercado de trabalho, desburocratização e concorrência, certamente teremos mais negócios e novas soluções para o desenvolvimento do país. O Brasil precisa de mais dados, pesquisas e inovação nos governos.
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