Grandes empreendedores do Brasil trocam experiências e muito aprendizado em evento

24 de agosto de 2020
Damircudic/Getty Images

O Desafio CF7 contou com cerca de 20 mil participantes por dia ao longo dos sete dias de lives

Nos últimos dias foi ao ar o Desafio CF7, cujo objetivo inicial era ajudar os participantes a deixarem seus negócios à prova de qualquer crise. Ao longo dos sete dias de lives, porém, o que se viu foi muito mais do que isso. Cerca de 20 mil participantes por dia acompanharam e, além de absorver muito conhecimento, também se inspiraram com histórias e trajetórias dos convidados.

Logo no primeiro dia, Geraldo Rufino, fundador da JR Diesel, maior distribuidora de peças seminovas do Brasil mostrou ao público que acompanhar as lives valeria muito a pena. Com sua incrível história de quem aos 11 anos de idade foi catador de latinhas e hoje é presidente de uma empesa que fatura mais de R$ 50 milhões ao ano e gera mais de 150 empregos no Brasil. A mensagem clara transmitida foi de que a dor pode ser temporária, mas só é eterna para quem desiste. Outra importante mensagem transmitida foi de que um time preparado é o que dá resultados e, se isso não acontece, o líder deve rever sua postura.

Os 20 mil participantes aprenderam também que liderança não é algo que nasce com a pessoa. Isso pode ser desenvolvido e qualquer um pode ser um líder. O importante é escolher o tipo de liderança que deseja exercer para criar uma rotina de comunicação aberta com os colaboradores, reter talentos por meio da empatia e conduzir as pessoas na direção desejada. “Um bom líder cuida e tem carinho pelo time. A diferença que você faz na vida do outro é o legado que você vai deixar”, destacou Rufino.

O segundo dia contou com a presença de Flávio Augusto, um dos maiores empresários do Brasil. O tema da aula propunha construir o modelo de negócio viável a partir do perfil de cliente ideal. Os empreendedores precisam observar atentamente os hábitos dos consumidores para ajustarem os negócios. Quem não cria uma empresa a partir desse princípio de trazer o cliente para “dentro de casa”, fatalmente fará parte das estatísticas que apontam que 46% das startups quebram em menos de 5 anos.

A maior parte das startups que quebram tiveram insucesso porque não havia mercado para seus produtos e serviços. Por isso é imprescindível fundamentar os negócios no modelo “Customer Centric”. Mapear o perfil consumidor é tarefa obrigatória para qualquer empreendedor. “Se você não sabe quem é seu cliente, você não tem um negócio. O cliente é nosso chefe”, ensinou Flávio Augusto.

O tema da terceira live foi “Gestão Financeira Equilibrada: a engrenagem de uma empresa saudável”. O convidado do dia foi Sérgio Bocayuva, CEO da Usaflex. Neste dia, os participantes aprenderam que lucro vem como resultado da soma de disciplina e método. Um dos principais fatores para o sucesso é saber exatamente qual o valor de seu produto. Não se trata do preço de venda, mas sim adotar a estratégia de precificação adequada como chave de um diferencial competitivo.

Esse processo de precificação demanda a análise de 5 fatores: objetivo da empresa, perfil de compra dos clientes, custos (fixos, variáveis), análise da concorrência e, por fim a precificação adequada. É fundamental planilhar de maneira muito organizada todas as entradas e saídas da empresa no fluxo de caixa. Ser um bom gestor financeiro faz parte do DNA lucrativo.

A quarta aula destacou a importância de uma estratégia digital eficaz para as empresas. A live contou com a participação de Rony Meisler, CEO do Grupo Reserva. Na oportunidade, os participantes acompanharam uma discussão sobre branding e aprenderam que 7 a cada 10 empresas veem a gestão da marca como estratégia essencial para o crescimento de receita.

Uma boa estratégia de posicionamento de marca é aquela que faz as pessoas sentirem, aquela que ativa emoções. “Branding tem que estar sempre presente onde o cliente tem contato com sua marca. Ele nasce dos problemas que a marca resolve, e o cliente precisa saber disso”, afirma Meisler.

Luiza Helena Trajano, presidente do conselho do Magazine Luiza e do grupo Mulheres do Brasil foi a convidada especial da quinta live para falar sobre empresas ágeis, hábeis e inovadoras. Inovar é obrigatório atualmente. As empresas precisam se destacar no mercado de alguma forma para dar resultado.

Inovação não é só investimento, mas sim a exploração com sucesso de novas ideias e pode estar presente de diversas maneiras dentro de uma empresa, seja em pequenas melhorias ao longo do tempo, em novos produtos e serviços, novos processos ou num novo modelo de negócio. “Inove melhorando o que já faz. Precisamos pensar fora da caixa. Envolva a equipe para pensar”, orientou Luiza Helena Trajano.

Equilíbrio emocional foi o tema central da sexta live, que contou com a participação de Caio Carneiro, empreendedor e autor best-seller. O objetivo da discussão foi orientar os participantes a analisar seus mapas mentais e a descobrirem o que os limita.

O autoconhecimento é libertador e um dos maiores aliados à produtividade. “Muita gente não tem o que quer porque não sabe o que quer, ou então por querer muitas coisas ao mesmo tempo. Ser focado não é dizer “sim”. É dizer “não”. É preciso ter clareza do que se quer para começar, continuar e concluir projetos”, garantiu Caio Carneiro.

Na aula 07 foram revisados os pilares falados nos outros seis dias antes de os participantes aprenderem detalhadamente como funciona o Método DNA Lucrativo. Foram sete dias de muito aprendizado e trocas de experiências, o que é um oxigênio fundamental para quem empreende ou para quem quer empreender.

Camila Farani é um dos “tubarões” do “Shark Tank Brasil”. É Top Voice no LinekdIn Brasil e a única mulher bicampeã premiada como Melhor Investidora-Anjo no Startup Awards 2016 e 2018. Sócia-fundadora da G2 Capital, uma butique de investimentos em empresas de tecnologia, as startups.

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