Ainda assim, mesmo com a forte queda nos preços da commodity, que pressiona em particular as ações da Petrobras, o principal índice da B3 encerrou esta terça-feira em alta de 1,37%, aos 79.918,36 pontos, o melhor nível de fechamento desde 13 de março, quando atingiu 82.677,91 pontos. Na sessão de hoje, o Ibovespa oscilou entre mínima de 78.847,67 e máxima de 81.667,81 pontos, com giro financeiro a R$ 21,2 bilhões. Na semana, o índice avança 2,88% e, no mês, acumula agora ganho de 9,45%, ainda cedendo 30,89% no ano.
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O ajuste negativo da Petrobras, um dos carros-chefes do Ibovespa, foi modesto se comparado aos preços da commodity, em meio a preocupações sobre o enfraquecimento da demanda global. Referência norte-americana, o petróleo WTI para maio fechou em queda de 10,26%, a US$ 20,11 por barril, em Nova York, enquanto o Brent para junho, referência global, cedeu 6,74%, a US$ 29,60 por barril, em Londres. Durante a sessão, o WTI chegou a ser negociado abaixo de US$ 20 por barril, a US$ 19,95 na mínima.
“O dia não foi melhor por conta da forte queda do petróleo, após os sauditas surpreenderem e cortarem os preços para o mercado asiático, mesmo após terem assinado acordo histórico no final da semana, para o corte da produção da commodity”, aponta Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.
“Há um fator que puxa o preço das ações para cima, que é a perspectiva de um retorno gradual para a normalidade econômica a partir do momento em que se confirmar o achatamento da curva da Covid-19, estando o Brasil cerca de 10 dias atrás dos EUA, para efeito de comparação”, diz Eduardo Cavalheiro, gestor da Rio Verde Investimentos, observando que quanto mais longo o distanciamento social, maiores as consequências na economia – na renda geral como no cumprimento dos contratos.
“E o que vimos nesta rápida aprovação na Câmara das compensações a Estados e municípios: o governo dormiu, chegou atrasado e agora vai precisar negociar algo melhor no Senado. Os governos estaduais assumiram a liderança nas medidas sanitárias e agora estão mandando a conta. A questão política é um fator que deve continuar limitando a recuperação”, acrescenta o gestor.(Com Agência Estado)
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