Por trimestre, o Itaú espera queda de 2,1% do PIB no período de janeiro a março e contração de 10,6% no segundo trimestre, seguido de altas de 10,1% no terceiro trimestre e de 0,70% no último quarto do ano, considerando as comparações na margem, com ajuste sazonal.
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“A mudança foi causada por crescimento global mais baixo; propagação do vírus no Brasil ainda intensa e persistente; e expectativa de deterioração do cenário fiscal no Brasil, que gera condições financeiras menos estimulativas e reduz a capacidade da economia de retomar o crescimento depois que a epidemia passa”, explica o banco.
O Itaú Unibanco também piorou significativamente as projeções fiscais no âmbito da crise provocada pelo novo vírus na revisão de cenário divulgada nesta segunda. O banco estima que deve haver aumento de gastos sociais no ano que vem, os quais devem ser parcialmente financiados pelo aumento de carga tributária.
O banco passou a prever déficit primário este ano de 10,2% do PIB, ou R$ 735 bilhões. Antes, a projeção era deficitária em R$ 590 bilhões, ou 8% do PIB. Para 2021, a expectativa de déficit foi elevada de R$ 70 bilhões (0,8% do PIB) para R$ 175 bilhões (2,2% do PIB).
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“A piora em 2020 decorre principalmente da perspectiva de aumento de gastos para o combate aos impactos do coronavírus, além da atividade econômica mais fraca”, afirma. “O aumento de gastos sociais deve elevar o benefício médio do Programa Bolsa Família de R$ 200 para R$ 600 mensais e ser implementado por meio de um fundo fora do orçamento público, e não sujeito ao teto de gastos, de modo que todos os gastos primários restantes continuarão respeitando a regra fiscal.”
Nesse cenário, o banco espera que a dívida bruta alcance 92% do PIB em 2020 e 88% do PIB em 2021, ante 76% em 2019. “No caso de piora fiscal adicional, a retomada da economia e a sustentabilidade das taxas de juros nas mínimas históricas ficariam ainda mais prejudicadas”, alerta a instituição. (Com Agência Estado)
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