As vendas tiveram queda de 16,8% em abril na comparação com o mês anterior diante do fechamento do comércio, informou hoje (16) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa foi também a segunda queda consecutiva, acumulando perdas de 18,6% no período.
“É o segundo mês do impacto da pandemia. Essa influência começa em março, com fechamento de lojas nas grandes cidades, e o quadro se sustenta e aumenta em abril”, disse o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
Em relação ao mesmo mês do ano anterior, as vendas também tiveram perdas de 16,8%, contra expectativa de recuo de 13,6%.
Abril foi a primeira vez em que a pesquisa trouxe os resultados de um mês inteiro com o país sob isolamento social. Isso fez com que todas as atividades analisadas sofressem perdas, o que aconteceu segundo o IBGE apenas pela terceira vez desde o início do levantamento.
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A queda mais acentuada foi em Tecidos, vestuário e calçados (-60,6%), seguido de Livros, jornais, revistas e papelaria (-43,4%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-29,5%).
“Tivemos também uma redução da massa salarial que, entre o trimestre encerrado em março para o encerrado em abril, caiu 3,3%, algo em torno de R$ 7 bilhões. Isso também refletiu nessas atividades consideradas essenciais”, explicou Santos.
No varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, as vendas despencaram 17,5% em abril, sendo que a atividade de veículos, motos, partes e peças apresentou perdas de 36,2% e a de material de construção recuou 1,9%.
“A queda foi generalizada e em quase todas ela foi recorde, com exceção de veículos, móveis e material de construção, que tiveram quedas maiores no mês anterior. São 7 recordes negativos em abril”, completou Santos.
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