“Os números reportados pelas empresas superaram nossas expectativas, fazendo-nos acreditar que o pior em relação aos impactos frente à pandemia ficou para trás”, afirmou a equipe capitaneada por Fernando Ferreira, em prévia de relatório sobre a safra de balanços de terceiro trimestre que terminou ontem (17).
Em relação às estimativas dos analistas da casa, 65% dos resultados das empresas listadas na bolsa foram acima das previsões e 30% ficaram dentro do esperado.
Além do efeito positivo frente à alta do dólar no período, os analistas citam que a retomada da atividade industrial, da construção civil e do setor automotivo devido ao aquecimento da economia após os impactos da pandemia impulsionaram os resultados das siderúrgicas.
No caso da Vale, o preço de minério de ferro e o volume de vendas foram os grandes suportes.
Ações de frigoríficos, citaram, também se beneficiaram da depreciação cambial, com o volume de exportações reforçando os resultados, enquanto no setor de bebidas, representado pela Ambev, houve recuperação do consumo conforme as medidas de restrições à circulação dos consumidores foram gradualmente sendo removidas.
A XP destacou que as incorporadoras também surpreenderam, refletindo o reaquecimento do setor da construção civil e a retomada dos lançamentos e vendas, com destaque para os resultados de MRV e Tenda (baixa renda) e EZTec (média e alta renda).
Ainda entre os destaques positivos, a equipe citou setor de varejo, com empresas mais fortes no segmento digital sendo as mais beneficiadas, como Magazine Luiza, Lojas Americanas, B2W e Via Varejo, embora a performance no varejo físico tenha contribuído.
Para os analistas da XP, o setor financeiro teve uma “boa temporada de resultados”, com a retomada das atividades contribuindo para um aumento da receita de serviços, além de um crescimento do crédito com nível ainda baixo de inadimplência e a diminuição do provisionamento complementar.
Quanto aos resultados dos shoppings centers, a XP afirmou que houve uma recuperação, após meses desafiadores.
A XP também observou que fatores ambientais, sociais e de governança corporativa, resumidos na sigla em inglês ESG (do termo em inglês Environmental, Social and Governance), ganharam espaço nos relatórios e teleconferências de resultados de diferentes empresas.
A equipe citou que o mercado vem acompanhando cada vez mais de perto as empresas mais preparadas nas questões ambientes, sociais e de governança.
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