O Ibovespa não resistiu à pressão vinda de Wall Street e fechou o dia em queda de 0,70% aos 113.001 pontos, em movimento de realização de lucros dos investidores (aqui e no exterior) diante da ausência de notícias relevantes e avanços concretos em pautas que dependem de esforços legislativos nas duas economias.
No Brasil, o ambiente de incertezas quanto ao futuro fiscal segue jogando pressão na Bolsa. A preocupação é que, diante do aumento de casos de covid-19, o governo prorrogue o estado de calamidade pública e medidas como o auxílio emergencial, impactando, assim, a sustentabilidade das contas públicas. Desde meados de novembro, as infecções por coronavírus retomaram a trajetória ascendente, apenas ontem foram registrados 51 mil novos casos no Brasil.
Apesar de ainda não ter renovado as máximas do ano, registradas em janeiro, quando encostou em 120 mil pontos, o Ibovespa quase zerou as perdas em 2020 e acumula valorização de mais de 80% desde as mínimas de março. “Nada mais natural do que o mercado encontrar maior dificuldade em superar os 114 mil pontos, justamente o patamar perdido na última semana de fevereiro, que abriu caminho para a correção”, notou o analista Rafael Ribeiro, da Clear Corretora.
Ainda no cenário doméstico, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu hoje pela manutenção da taxa Selic em 2% ao ano em sua última reunião de 2020, indicando ainda a elevação dos juros para 3% a.a. em 2021, e em 4,50% a.a., em 2022. De acordo com ata da reunião “apesar da pressão inflacionária mais forte no curto prazo, o Comitê mantém o diagnóstico de que os choques atuais são temporários, mas segue monitorando sua evolução com atenção, em particular as medidas de inflação subjacente.”
Nos EUA, o impasse entre democratas e republicanos para um novo acordo econômico em alívio à covid-19 também limita a performance dos ativos. A Casa Branca fez ontem uma nova proposta de US$ 916 bilhões aos democratas no Congresso para um novo pacote de auxílio econômico diante do avanço da segunda onda de contaminações e das novas restrições impostas pelos estados. Sem a resolução, os desempregados nos EUA deixarão de receber o seguro desemprego a partir do dia 26 de dezembro. Apenas ontem, o país registrou 220 mil novas infecções e mais de 2500 mortes pela doença.
DESTAQUES DO IBOVESPA
Maiores Altas
VIVT3: +2,23% a R$ 45,30
IGTA3: +2,11% a R$ 39,21
MULT3: +1,43% a R$ 24,84
ABEV3: +1,40% a R$ 15,26
ELET6: +1,36% a R$ 36,45
Maiores Baixas
LAME4: -4,32% a R$ 24,34
CCRO3: -4,29% a R$ 13,15
USIM5: -4,19% a R$ 13,26
MGLU3: -3,89% a R$ 23,98
YDUQ3: -3,85% a R$ 35,22
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