A equipe do BTG para metais e mineração na América Latina ainda elevou projeções sobre os preços do minério de ferro, principal produto da mineradora brasileira, de acordo com relatório de ontem (1).
“Nós estamos agora projetando uma curva do minério de ferro a US$ 140/tonelada em 2021 (de US$ 130/t antes), US$ 110/tonelada em 2022 (de US$ 100 antes), US$ 100 para 2023 (de US$ 85/t) e US$ 85 em 2024 (de US$ 70/t), com um preço real de longo prazo de US$ 70 (inalterado)”, escreveram.
Na semana passada, a agência de classificação de risco Fitch Ratings já havia revisado para cima premissas quanto aos preços de diversos metais neste e nos próximos anos, incluindo para o minério de ferro, cuja projeção para 2021 foi elevada em quase 70%.
“Após fortes resultados do quarto trimestre e um ciclo mais positivo para os preços das commodities, nós elevamos nossas estimativas para a companhia mais uma vez (pela quinta vez em um ano?)”, destacaram os analistas do BTG.
A Vale teve lucro líquido de US$ 739 milhões no quarto trimestre, ante prejuízo líquido de US$ 1,56 bilhão um ano antes, refletindo um histórico desempenho da unidade de ferrosos devido aos maiores preços.
Os analistas ainda projetam que a Vale deve pagar cerca de US$ 8 bilhões em dividendos totais no segundo semestre, incluindo 3 bilhões em proventos extraordinários, o que levaria a um total de US$ 12 bilhões para o ano completo.
Ainda assim, a companhia poderia fechar 2021 com US$ 6 bilhões em caixa, acrescentaram.
De outro lado, os analistas do BTG ressaltaram que a Vale teve sucesso em endereçar temas de preocupações para os acionistas nos últimos meses, após a empresa ter fechado um acordo global com o governo de Minas Gerais envolvendo R$ 37,69 bilhões em compensações pelo desastre de Brumadinho (MG), que envolveu rompimento de uma barragem da companhia em janeiro de 2019.
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