A companhia divulgou na noite da véspera que teve geração de caixa medida pelo Ebitda (Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) ajustado recorde de R$ 5,8 bilhões. As ações, porém, recuavam cerca de 4%, entre as maiores quedas do Ibovespa na sessão.
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Essa busca pela queda do endividamento não permite à empresa reavaliar a política de pagamento de dividendo mínimo de 25% do lucro, afirmaram executivos.
“Esta nova fase de geração de caixa tão forte é recente e não alcançamos nossas metas de desalavancagem“, disse o diretor de relações com investidores da CSN, Marcelo Cunha Ribeiro. “Os dividendos já vão aumentar de maneira significativa porque no primeiro trimestre o lucro já foi de R$ 5 bilhões”, disse o executivo.
O presidente-executivo da CSN, Benjamin Steinbruch, afirmou que a meta da empresa “é trabalhar desalavancada, eventualmente abaixo de 0,5 vez” e ressaltou que o grupo pretende atingir o grau de investimento por agências de classificação de risco até o final do ano.
Nos últimos dias, notícias envolvendo interesse da LafargeHolcim em deixar o Brasil foram publicadas pela imprensa, mas Steinbruch não fez menção a nomes específicos de alvos de aquisição da CSN no setor.
O diretor de negócios da área de cimentos da CSN, Edvaldo Rabelo, afirmou que a eventual saída do grupo europeu do mercado nacional “já era um movimento esperado“ em um contexto em que os grupos produtores do insumo no Brasil sofreram nos últimos cinco a seis anos com margens muito baixas e mesmo negativas.
“A CSN se considera um grupo importante e possivelmente líder no processo de consolidação. Estamos atentos a todas as oportunidades”, disse Rabelo.
As novas unidades sendo trabalhadas pela CSN serão instaladas nos Estados de Paraná, Sergipe, Ceará e Pará. Além disso, a empresa trabalha em uma expansão de 30% na capacidade de sua fábrica em Arcos (MG).
AÇO
Na frente da siderurgia, o diretor-executivo comercial da CSN, Luis Fernando Martinez, afirmou que a empresa vai reajustar seus preços em 16% a 18% na distribuição no Brasil a partir de 1º de maio, em um cenário em que os preços nacionais da liga estão atualmente 6% a 7% abaixo dos valores internacionais.
Martinez afirmou que a CSN alterou sua política de contratos de fornecimento de aço junto a grandes clientes, como montadoras de veículos e fabricantes de eletrodomésticos, para focar em acertos trimestrais em vez dos tradicionais entendimentos anuais. Com isso, ele afirmou que a empresa vai voltar a corrigir os preços em julho, depois negociar aumentos em janeiro e abril.
A expectativa do executivo é que o mercado brasileiro de aço vai crescer em 2021 pouco mais de 10%, uma perspectiva mais otimista que a visão de expansão de um dígito do setor.
Diante do otimismo, Martinez afirmou que a CSN já quase concluiu vendas para o terceiro trimestre, garantindo volume de 1,2 milhão de toneladas de aço para o período. Nos três primeiros meses do ano, as vendas somaram 1,3 milhão de toneladas.
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