Em seu Relatório de Estabilidade Financeira, o BC reiterou que os primeiros sinais sobre a atividade econômica no início de 2021 foram positivos, mas, como não contemplam os impactos do recrudescimento da pandemia, o cenário “é de prudência”.
LEIA TAMBÉM: Ibovespa abre de lado com CPI da Covid e balanços corporativos no radar
“Embora não seja o esperado, as perdas com crédito podem superar as estimativas. Eventual prolongamento da pandemia pode afetar a qualidade do crédito”, disse o BC.
Sobre o crédito às pessoas físicas, o BC disse que ele voltou a crescer em ritmo anterior à pandemia, mas que o cenário requer cautela.
“O fim da vigência das medidas emergenciais e a incerteza quanto ao prolongamento e aos desdobramentos da pandemia sobre a renda e o emprego podem agravar o risco”, disse o BC, ponderando que esse risco é mitigado por provisões adequadas e pela boa qualidade de crédito das operações repactuadas.
Testes de estresse
Segundo a autarquia, seus testes de estresse para avaliar o impacto da Covid-19 para os bancos mostraram uma redução nas necessidades de provisão e de capital para fazer frente aos riscos, no melhor resultado desde o primeiro teste do tipo, divulgado em abril do ano passado.
O capital dos bancos aumentou no segundo semestre do ano passado e melhorou de qualidade e o provisionamento para fazer frente a ativos problemáticos é o mais elevado da série histórica.
“O resultado do teste específico para a Covid-19 indica que as perdas relacionadas a empresas e trabalhadores vulneráveis exigiriam aporte de R$ 1,5 bilhão para que todas as instituições cumprissem os limites regulamentares”, disse a autarquia. O valor equivale a 0,1% do total do patrimônio de referência do sistema financeiro nacional.
A autoridade monetária destacou, ainda, que a saúde financeira do sistema sofreu o impacto da materialização de perdas com a redução da atividade econômica, mas que, diante dos bons níveis de capitalização, liquidez e provisões, não teve “interrupções significativas”. (Com Reuters)
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Tenha também a Forbes no Google Notícias.