O Ibovespa encerrou o pregão desta quarta-feira (5) com ganho de 1,57% aos 119.564 pontos, apoiado no avanço dos papéis da Petrobras e da Gerdau, em alta de quase 6% após divulgar resultado trimestral acima das expectativas do mercado. O apetite por riscos foi amparado também pelo dia positivo em Wall Street, após forte recuo observado na véspera.
O mercado aguarda ainda hoje a decisão sobre os juros do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central. A expectativa é de nova elevação na taxa básica de juros, para 3,5% ao ano, e de um tom mais firme no comunicado da autoridade frente às expectativas para a inflação.
O dólar fechou em queda de 1,2% nesta quarta-feira, negociado a R$ 5,36 na venda e levando o real ao topo dos ganhos entre as principais moedas. O movimento refletiu as perspectivas de um Banco Central mais duro com a inflação, o que elevar a atratividade da moeda brasileira.
“Com a Selic chegando a 4% em junho, já ficaria acima da taxa básica de alguns países pares do Brasil e em linha com a do México. Como a perspectiva é de continuidade do ciclo, isso já ajuda o real”, disse Sérgio Goldenstein, consultor independente da Ohmresearch Independent Insights.
O real se recuperou das perdas em abril, mas ainda cai 3,2% em 2021, o que se soma à desvalorização de quase 23% no ano passado. Analistas dizem que a combinação entre juro real negativo e deterioração fiscal nocauteou a moeda brasileira. Enquanto o lado da política monetária parece encaminhado, riscos político-fiscais ainda ditam uma visão conservadora sobre o câmbio por parte de investidores estrangeiros.
O colegiado também acatou a convocação do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo e do ex-secretário de Comunicação Social da Presidência Fábio Wanjgarten.
Nos indicadores, o fluxo cambial ao Brasil ficou positivo em quase US$ 4 bilhões em abril, puxado pela conta comercial, o que elevou o saldo no ano para mais de US$ 12,7 bilhões, mostraram dados do Banco Central divulgados na tarde de hoje.
No ano, o fluxo cambial está positivo em US$ 12,713 bilhões, o inverso do registrado no mesmo período do ano passado, quando o fluxo estava negativo em US$ 12,730 bilhões. Essa virada foi patrocinada pela expressiva melhora no saldo financeiro, que saiu de rombo de US$ 32,519 bilhões no primeiro quadrimestre do ano passado para superávit de US$ 3,444 bilhões em 2021.
“Os setores de energia, financeiro, de materiais básicos e industrial estão com desempenho superior. Eles tendem a ser setores cíclicos e a se beneficiar durante períodos em que as economias estão reabrindo e se expandindo”, disse Terry Sandven, estrategista-chefe de ações da U.S. Bank Wealth Management. (Com Reuters)
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