Forbes Radar: Magazine Luiza, Petrobras, Qualicorp, CCR e outros destaques corporativos

14 de maio de 2021

No Forbes Radar de hoje (14), empresas apontam em seus balanços financeiros que conseguiram se recuperar dos prejuízos adquiridos durante a pandemia. Magazine Luiza, por exemplo, registrou lucro líquido de R$ 81,5 milhões, revertendo prejuízo de R$ 8 milhões e a Petrobras teve lucro líquido de R$ 1,17 bilhão no 1º trimestre, ante prejuízo recorde de R$ 48,5 bilhões.

Outras companhias também apontaram seus resultados financeiros. O grupo Soma, que foi adquirido pela Hering no valor de R$ 5 bilhões, registrou lucro líquido de R$ 14,85 milhões e a Cyrela teve lucro líquido de R$ 192 milhões no primeiro trimestre.

Veja estes e outros destaques corporativos do dia:

Magazine Luiza (MGLU3)

O Magazine Luiza passou de prejuízo para lucro no primeiro trimestre, uma vez que as vendas online seguiram fortes e a companhia conseguiu compensar queda da margem bruta com diluição das despesas.

A companhia anunciou lucro líquido recorrente de R$ 81,5 milhões no período, ante prejuízo de R$ 8 milhões do ano anterior, com as vendas online mais do que dobrando. Sem ajustes, o lucro foi de R$ 258,6 milhões.

O resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) ajustado saltou 56%, para R$ 427,2 milhões. A margem Ebitda ajustada ficou estável em 5,2%.

Apesar do recrudescimento da pandemia da Covid-19, que obrigou o grupo a fechar algumas de suas lojas no trimestre, as vendas subiram 62,8%, para R$ 12,5 bilhões, em dados que incluem o seu marketplace.

A empresa disse em comunicado que suas vendas online representaram 70,3% do total, 17 pontos percentuais acima do ano passado, e chegaram a R$ 8,8 bilhões.

A receita líquida atingiu R$ 8,3 bilhões, alta de 57,7% ano a ano. As despesas operacionais ajustadas, de R$ 1,666 bilhão, foram 45% maiores, porém, como proporção da receita líquida, caíram 1,8 ponto percentual, para 20,2%.

Segundo o presidente-executivo do Magazine Luiza, Frederico Trajano, a rápida integração dos varejos físico e digital da companhia desde o fim de março de 2020, época da primeira onda da pandemia, se traduziu numa operação sustentável, que cresce de forma rentável.

“A gente esperava já ter tido, no primeiro trimestre, um período pós-pandemia e não foi o que aconteceu”, disse Trajano. “Mas, ganhamos market share e conseguimos gerar caixa.”

O executivo citou que os investimentos do grupo em tecnologia e logística o ajudaram a elevar o percentual das entregas feitas em um dia, de 5% para 51% do total em 12 meses.

“Estamos acelerando muito os investimentos para reduzir ainda mais os prazos de entregas, que ainda estão longe do ideal, se compararmos com mercados como dos Estados Unidos e da China”, afirmou o executivo.

Segundo ele, além de bases de comparação mais fracas em 2020 a partir do segundo trimestre, quando as lojas físicas seguiram fechadas na maior parte do tempo, os resultados ao longo do ano devem refletir a expansão de iniciativas recentes, como a integração de serviços de supermercados, entrega de refeições, além do crescimento da rede de vendedores terceiros no marketplace, que já dobraram o número de itens para 30 milhões.

Petrobras (PETR4)

A Petrobras teve lucro líquido de R$ 1,17 bilhão no primeiro trimestre, ante perda recorde de R$ 48,5 bilhões no mesmo período do ano passado.

O Ebitda ajustado somou R$ 48,9 bilhões nos primeiros três meses de 2021, alta de 30,5% na comparação anual, superando estimativa da Refinitiv, que previa R$ 45,3 bilhões.

Entre janeiro e março de 2020, a petroleira realizou grande baixa contábil devido a uma revisão das premissas de longo prazo para o petróleo Brent, diante de mudanças de perspectivas com o avanço da Covid-19 no Brasil e no mundo.

Grupo Soma (SOMA3)

O grupo Soma, que foi adquirido em abril pela Hering no valor de R$ 5 bilhões, registrou lucro líquido de R$ 14,85 milhões no primeiro trimestre de 2021, revertendo prejuízo de R$ 43,5 milhões de 2020. O Ebita ajustado saltou 254,5%, saindo de R$ 6,6 milhões no ano passado para R$ 23,4 milhões nos três primeiros meses do ano.

brMalls (BRML3)

A brMalls divulgou queda de 41,5% no lucro líquido ajustado do primeiro trimestre sobre o mesmo período do ano passado, para R$ 76 milhões.

A companhia, atingida como outros operadores de shopping centers do país por uma onda de medidas de isolamento social no início deste ano, viu a receita líquida recuar 18,5% no período, para R$ 241 milhões.

A geração de caixa medida pelo Ebitda ajustado caiu 17,2%, para R$ 171 milhões.

A companhia registrou inadimplência líquida de 14,3%, sensível alta ante o patamar de 4,9% de um ano antes. As vendas mesmas lojas despencaram 25,3%, depois de já terem recuado 13% no primeiro trimestre de 2020.

“Considerando o período mais curto (de restrições) e a evolução do programa de vacinação, a expectativa para os próximos trimestres é de recuperação no indicador (de inadimplência)”, afirmou a brMalls no balanço.

A empresa afirmou que todo o seu portfólio voltou a operar em 22 de abril, embora com restrições de atividades.

Rumo (RAIL3)

A operadora de ferrovias e contêineres Rumo passou de prejuízo para lucro no primeiro trimestre, beneficiada por alta das receitas e um ganho não recorrente numa operação financeira.

Braço de logística do grupo de agronegócio Cosan, a Rumo anunciou lucro líquido de R$ 175 milhões de janeiro a março, ante prejuízo de R$ 274 milhões um ano antes.

Segundo a companhia, o desempenho refletiu o crescimento da receita com aumento dos volumes transportados e das tarifas cobradas, além de menores despesas financeiras decorrentes de marcação a mercado de derivativos, com o pagamento antecipado de notas de dívida que vencem em 2024, o que gerou um efeito positivo de R$ 203,3 milhões.

O volume transportado pela Rumo no trimestre foi de 13,9 bilhões de toneladas equivalentes, 12,8% maior do que na mesma etapa de 2020. Na chamada operação norte, o volume cresceu 16,4%, com destaque para fertilizantes (+55,2%) e industriais (+21%), enquanto o segmento agrícola avançou 15,8%.

Com isso, a receita líquida somou R$ 1,75 bilhão, avanço de 22,6% no comparativo anual, favorecida também pelo aumento de 5,9% das tarifa, em meio a reajustes de 20% do preço do combustível.

O resultado operacional da companhia medido pelo Ebitda atingiu R$ 832 milhões, 44,2% maior em um ano. A margem Ebitda chegou a 47,7%, aumento de 7,1 pontos percentuais ano a ano.

Eztec (EZTC3)

A Eztec viu seu lucro cair no primeiro trimestre, com a construtora e incorporadora citando atrasos devido à escalada de preços de insumos da construção e aos efeitos de medidas de isolamento social para conter a pandemia.

A companhia anunciou lucro líquido do período caiu 6% contra um ano antes, para R$ 72,9 milhões.

Já o resultado operacional medido pelo Ebitda somou R$ 38,9 milhões, montante 28% menor do que um ano antes, e a margem recuou 1,8 ponto percentual, a 20%.

No relatório de resultados, a Eztec citou desgaste dos indicadores operacionais “com reflexos negativos para a receita líquida”, devido à absorção de inflação de custos aço, cimento e alumínio, entre outras commodities, além de restrições da fase vermelha da pandemia em São Paulo, que implicaram em plantões de vendas fechados por mais de um terço do trimestre.

A receita líquida da companhia somou R$ 195 milhões no trimestre, queda de 22%. A Eztec fechou março com caixa líquido de R$ 1,06 bilhão, com queima de R$ 12 milhões.

CPFL (CPFE3)

A CPFL Energia registrou lucro líquido de R$ 961 milhões no primeiro trimestre de 2021, alta de 6,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado foi impulsionado por um aumento do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) nos segmentos de distribuição e geração.

O Ebitda da CPFL, do grupo chinês State Grid, atingiu R$ 1,966 bilhão no período, avanço de 15,9% no ano a ano.

“A pandemia ainda não acabou, mas assim como passamos pelos desafios de 2020, começamos esse primeiro trimestre com a mesma diretriz e estratégia”, disse em nota o presidente da companhia, Gustavo Estrella. “No desempenho econômico-financeiro, mais uma vez alcançamos resultados expressivos.”

A CPFL destacou um aumento de 2,5% nas vendas de energia elétrica na área de concessão de suas distribuidoras, puxado pelas classes residencial e industrial, com uma “mudança de hábito residencial da população e continuidade da recuperação da indústria em todos os segmentos relevantes em nossas regiões.”

Já no segmento de geração, a CPFL mencionou que os parques eólicos tiveram boa performance no período frente ao primeiro trimestre de 2021.

A empresa apurou ainda redução de 0,1% em sua dívida líquida, que totalizou ao final do trimestre R$ 15,1 bilhões, com alavancagem de 2,03 vezes na medição dívida líquida/Ebitda.

A receita operacional líquida avançou 13,8% na comparação anual, a R$ 8,3 bilhões, enquanto os investimentos somaram R$ 695 milhões no período, alta de 36,3%, acrescentou a elétrica.

Lojas Renner (LREN3)

A Lojas Renner teve prejuízo no primeiro trimestre, uma vez que a retomada de medidas mais rígidas de isolamento social no período fecharam várias das lojas físicas do grupo no período.

A companhia, também dona das marcas Camicado e Youcom, informou que teve prejuízo líquido de R$ 147,7 milhões de janeiro a março, ante lucro de R$ 7,1 milhões na mesma etapa de 2020.

“Só tivemos disponibilidade de 69% das lojas neste primeiro trimestre, contra 86% um ano antes”, disse à Reuters o vice-presidente de finanças e relações com investidores da Lojas Renner, Alvaro de Azevedo.

A receita líquida de vendas no período, R$ 1,36 bilhão, foi 12% menor ano a ano, acompanhando o declínio de 12,7% das vendas nas lojas. O efeito de fechamento de unidades físicas foi parcialmente compensado pelo salto de 173% nas vendas digitais, cuja participação no total subiu de 4% para 17,5%, disse o executivo.

O resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado ficou negativo em R$ 171,3 milhões, ante R$ 84,4 milhões de geração positiva em igual intervalo de 2020.

Grupo Mateus (GMAT3)

O Grupo Mateus teve lucro líquido de R$ 156,7 milhões nos primeiros três meses do ano, avanço de 53,9% se comparado com 2020 (R$ 101,8 milhões). O Ebitda somou R$ 209,6 milhões, alta de 34,9% contra os R$ 155 milhões do ano passado.

De acordo com o Mateus, o forte ritmo de inaugurações, junto com a maturação das lojas, contribuiu para o bom desempenho do resultado e para a diluição de despesas.

Cyrela (CYRE3)

A Cyrela teve lucro líquido de R$ 192 milhões no primeiro trimestre, um salto em relação ao lucro pro-forma de R$ 28 milhões um ano antes, beneficiada pelo boom no setor imobiliário em um ambiente de juros baixos no país. A receita líquida somou R$ 1 bilhão, alta de 89,6% ano a ano, de acordo com os dados divulgados ontem (13) à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

“Com os stands de vendas fechados a partir do início do mês de março, optamos por postergar alguns dos lançamentos previstos para o trimestre e encerramos o período lançando R$ 421 milhões“, afirmou a empresa ano balanço.

“O bom momento do mercado contribuiu para que tivéssemos uma boa performance de vendas, que totalizaram R$ 1,03 bilhão e foram 22% superiores ao primeiro trimestre de 2020 mesmo com volume de lançamentos 60% inferior”, acrescentou a empresa.

A Cyrela afirmou que mantém visão otimista para este ano e os próximos, diante de perspectivas de reabertura da economia no segundo semestre e os juros ainda em patamares confortáveis.

CCR (CCRO3)

A CCR teve um salto no lucro do primeiro trimestre, apoiada em receitas extraordinárias oriundas de um aditivo com o governo paulista, mas os resultados foram menores em bases comparáveis, ainda refletindo os efeitos das restrições de circulação impostas para conter a pandemia de Covid-19.

A operadora de concessões de rodovias, aeroportos e de mobilidade urbana informou que seu lucro líquido de janeiro a março somou R$ 688,9 milhões, aumento de 137,8% sobre um ano antes (R$ 289,7 milhões). Excluindo efeitos extraordinários, o lucro somou R$ 126 milhões, queda de 56,5% ano a ano.

O resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado cresceu 70,7%, a R$ 2,5 bilhões. Mas usando as mesmas bases de comparação, o Ebitda foi de R$ 1,37 bilhão, queda de 6,7%, com a margem de 59,5% ficando 1,9 ponto percentual menor.

Analistas, em média, esperavam Ebitda de R$ 1,84 bilhão para a CCR no primeiro trimestre, segundo dados da Refinitiv. Não ficou imediatamente claro se os dados são comparáveis.

Unipar Carbocloro (UNIP6)

A Unipar, líder na produção de cloro, soda e PVC na América do Sul, reportou resultados financeiros do primeiro trimestre de 2021. Os destaques no período ficaram por conta do lucro líquido de R$ 280,8 milhões, do Ebitda de R$ 564,71 milhões e a receita líquida de R$ 1,316 bilhão. O resultado reverteu o prejuízo líquido de R$ 92,2 milhões registrado em igual período do ano passado.

“Apresentamos excelentes números no início deste ano por conta de sucessivos investimentos realizados para aumentar a eficiência e a segurança das nossas operações nas três unidades industriais, assegurando a capacidade de absorver as altas demandas do mercado”, conta Mauricio Russomanno, CEO da Unipar. “A decisão estratégica de priorizar a nossa capacidade operacional permitiu que estivéssemos preparados para atender a uma escalada na procura por insumos, como o PVC, o cloro e os clorados, contribuindo positivamente para nossos números do trimestre”.

Ecorodovias (ECOR3)

A Ecorodovias sofreu queda de 11,9% no lucro líquido do primeiro trimestre ante o mesmo período do ano passado, para R$ 88 milhões, informou a empresa de concessões de infraestrutura.

A companhia afirmou que a queda no lucro ocorreu por fatores que incluem aumento da depreciação e fim de contratos de concessão dos ativos Ecovia Caminho do Mar e Ecocataratas. Crescimento em despesas financeiras também pressionou a última linha do balanço.

A geração de caixa medida pelo Ebitda cresceu 8,8% no período, para R$ 543,3 milhões.

Enquanto isso, o custo caixa ajustado subiu 4,3%, para R$ 247,2 milhões.

A Ecorodovias terminou o trimestre com uma alavancagem de 3,3 vezes, ante 3,4 vezes no final do ano passado.

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Amazon (AMZO34)

A gigante norte-americana de comércio eletrônico Amazon anunciou a inauguração de um novo centro logístico em Cajamar, o segundo na cidade da Grande São Paulo e o nono no Brasil.

Segundo a companhia, a unidade vai reforçar o serviço de armazenagem e entrega de encomendas de lojistas que vendem por meio do marketplace da Amazon, o que ela chama de FBA (Preenchimento pela Amazon, em tradução livre da sigla em inglês), com ênfase no atendimento aos clientes do serviço por assinatura Prime, que têm direito a fretes grátis.

O novo complexo tem cerca de 57 mil m² de área.

O FBA vale para vendedores localizados no Estado de São Paulo que operam sob o regime tributário Simples Nacional.

A Amazon havia anunciado em novembro passado a abertura de três centros logísticos adicionais no Brasil, em Betim (Minas Gerais), Santa Maria (Distrito Federal) e Nova Santa Rita (Rio Grande do Sul).

A ampliação da estrutura logística ocorre em meio à corrida de gigantes como Mercado Livre e Magazine Luiza para reduzir os prazos de entrega e ganhar mercado do comércio eletrônico no Brasil, que teve impulso desde o ano passado com o isolamento social devido à pandemia da Covid-19.

Hidrovias do Brasil (HBSA3)

A Hidrovias do Brasil informou prejuízo líquido de R$ 183 milhões no primeiro trimestre de 2021, alta de 44,4% em relação ao prejuízo líquido de RS 126,7 milhões de 2020.

A receita líquida da empresa no primeiro trimestre de 2021 alcançou R$ 199,6 milhões, em queda de 6,5% sobre o resultado de um ano antes.

O Ebitda dos três primeiros meses deste ano alcançou R$ 59,7 milhões, ante R$ 4,8 milhões na comparação anual.

Sabesp (SBSP3)

A Sabesp reverteu o prejuízo líquido de R$ 657,9 milhões do primeiro trimestre de 2020 e somou lucro líquido de R$ 496,6 milhões no mesmo período deste ano. O Ebitda ajustado ficou em R$ 1,636 bilhão no trimestre, uma alta de 10,3% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Melnick (MELK3)

A Melnick teve lucro líquido de R$ 14,6 milhões no primeiro trimestre de 2021. O resultado representa uma melhora expressiva em relação aos R$ 3 milhões reportados em 2020. O Ebitda otalizou R$ 22,3 milhões no trimestre, superando os R$ 15,2 milhões do início de 2020.

A companhia chegou a lançar quatro empreendimentos, dois a mais do que no primeiro trimestre de 2020. O VGV (Valor Geral de Vendas) dos projetos lançados é de R$ 470,4 milhões.

A Melnick destacou que seus canteiros de obra em Porto Alegre ficaram fechados por 92 dias. Já durante as novas restrições impostas em 2021, a companhia seguiu com 75% de capacidade dos seus canteiros funcionando.

Energisa (ENGI11)

A Energisa anunciou na noite de ontem (13) lucro líquido consolidado de R$ 873,3 milhões no primeiro trimestre, crescimento de 50,1% sobre o mesmo período do ano passado.

A geração de caixa da empresa medida pelo Ebitda ajustado totalizou R$ 1,42 bilhão, acréscimo de 53,3% na mesma comparação. O Ebitda foi parcialmente impulsionado pelo recebimento de R$ 264,4 milhões referentes à constituição de Fundo de Investimento em Cotas em FIDC (Direitos Creditórios não Padronizados).

Além do aumento do Ebitda, o lucro líquido também foi elevado pelo efeito positivo de R$ 251,1 milhões referentes à Marcação a Mercado de Derivativos, sem efeito caixa.

A dívida líquida consolidada totalizou R$ 14,2 bilhão, enquanto a relação da dívida líquida por Ebitda ajustado recuou de 3,1 vezes em dezembro de 2020 para 3,0 vezes em março de 2021.

Os investimentos consolidados somaram R$ 697,5 milhõesno primeiro trimestre, redução de 2,3% em relação ao mesmo período ano anterior.

Alibaba (BABA34)

O Alibaba, principal plataforma de comércio eletrônico da China, reportou nesta seu primeiro prejuízo operacional trimestral desde a abertura do capital em 2014, afetado por uma multa antimonopólio recorde.

As ações da companhia listadas nos EUA recuavam mais de 2%, mesmo com a previsão de fortes receitas em 2022, com a empresa apostando que a mudança impulsionada pela pandemia para as compras online permanecerá resiliente.

O Alibaba estimou uma receita anual de 930 bilhões de iuanes (US$ 144,12 bilhões) para o ano fiscal encerrado em março de 2022, um pouco acima da estimativa média dos analistas de 928,25 bilhões de iuanes.

A projeção foi ofuscada por escrutínio regulatório, que resultou na suspensão do IPO (Oferta Pública Inicial) de US$ 37 bilhões de sua afiliada financeira Ant, e em uma multa de US$ 2,8 bilhões por práticas comerciais anticompetitivas.

A multa levou a um prejuízo operacional de 7,66 bilhões de iuanes (US$ 1,19 bilhão) no quarto trimestre encerrado em 31 de março.

A receita como um todo subiu para 187,4 bilhões de iuanes no período, acima dos 180,41 bilhões previstos por 30 analistas compilados pela Refinitiv.

Google (GOGL34)

O Google fechou um acordo para fornecer serviços de computação em nuvem para a SpaceX, que lançou uma série de satélites Starlink para fornecer internet de alta velocidade.

A SpaceX montará estações terrestres com os data centers do Google que se conectam aos satélites Starlink, permitindo serviços de internet rápidos e seguros via Google Cloud, disse o gigante das buscas.

Espera-se que este serviço esteja disponível no segundo semestre de 2021 para clientes corporativos, disse a empresa.

O negócio chega em um momento em que a demanda por serviços de computação em nuvem disparou, com concorrentes como a Microsoft e a Amazon dominando o mercado. Empresas que oferecem serviços em nuvem também entraram no setor de telecomunicações, graças a um salto na demanda por conectividade 5G.

Os negócios em nuvem do Google correspondem a cerca de 7% de sua receita total, de acordo com o último balanço.

A SpaceX, conhecida por seus foguetes reutilizáveis e cápsulas de astronautas, está aumentando a produção de satélites Starlink, uma constelação crescente de centenas de satélites de transmissão de internet que Elon Musk espera gerar receita suficiente para ajudar a financiar os objetivos interplanetários da SpaceX.

C&A (CEAB3)

A C&A teve prejuízo de R$ 138,5 milhões no 1º trimestre, mais do que o dobro das perdas de R$ 55,4 milhões em 2020. Impactada pelo fechamento de lojas e redução no horário da operação.

O Ebitda, na sigla em inglês fechou negativo em R$ 37,3 milhões, ante montante positivo de R$ 78,1 milhões em igual período de 2020.

Qualicorp (QUAL3)

Qualicorp informou lucro líquido de R$ 114, uma alta de 67,9% sobre o lucro líquido de RS 68,2 milhões de 2020. O Ebitda ajustado no mesmo período alcançou R$ 241,6 milhões, queda de 0,2% sobre os R$ 242,2 milhões do ano passado.

A receita líquida no primeiro trimestre alcançou R$ 523 milhões, alta de 4,1% e a dívida líquida caiu 20,6%, para R$ 603,5 milhões.

A Qualicorp também fechou um acordo estratégico com a Escale, startup especializada na aquisição de novos clientes, para ampliar e fortalecer sua estratégia de crescimento utilizando um modelo disruptivo de vendas e marketing digital com extenso uso de dados e modelos preditivos.

O acordo prevê a aquisição de 35% do capital da Escale e 5% do capital da Quinhentos, holding com sede nos EUA e controladora direta da Escale. O investimento total é de R$ 132,6 milhões. Antes da entrada da Qualicorp, a Escale já havia captado mais de R$ 100 milhões de importantes fundos no mercado de venture capital e private equity como Kaszek Ventures, QED Investors, Invus, GFC (Global Founders Capital) e Redpoint eventures.

Com extenso uso de dados e modelos preditivos, a Escale atua na jornada completa (end-to-end, em inglês) de aquisição de clientes para entregar resultados altamente eficientes para as suas marcas parceiras nos setores de saúde, telecom e consumer finance. “A empresa cresce a um ritmo intenso nos últimos anos, atingindo mais de 135% de crescimento em receita em 2020”, informou a Qualicorp.

Log-In Logística Intermodal (LOGN3)

O conselho de administração da Log-In concluiu a liquidação da 4ª Emissão de Debêntures. A Emissão foi no montante de R$ 340 milhões , com vencimento em 6 anos e remuneração correspondente à atualização monetária pela variação do CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

IRB Brasil (IRBR3)

O IRB Brasil RE apurou lucro líquido contábil de R$ 50,8 milhões no primeiro trimestre de 2021, resultado 44,9% superior aos R$ 35,1 milhões verificados em igual período de 2020. Quando excluídos os efeitos não recorrentes a companhia apresentou lucro líquido recorrente de R$ 80,5 milhões, frente a perdas de R$ 75,2 milhões apuradas em março de 2020.

Os números positivos são atribuídos principalmente à melhora do índice de sinistralidade, em consequência da estratégia de re-underwriting adotada desde julho de 2020. Nos três primeiros meses deste ano, a sinistralidade apresentou redução de 4,4 pontod percentuais, ante ao mesmo trimestre de 2020, passando de 76,5% para 72,1%.

Meliuz (CASH3)

O Méliuz anunciou a terceira aquisição desde o IPO do site Promobit, a maior empresa de social-commerce do Brasil.

A transação financeira, referente a 100% do capital social total e votante, foi concluída por uma parcela inicial de R$ 13 milhões, sujeita a ajustes usuais em operações desta natureza. Adicionalmente, os vendedores terão direito a receber eventual Earnout, custo adicional que dependerá do atingimento de determinadas metas financeiras apuradas pela Promobit.

Fundado em 2013, o Promobit promove a troca de informações e opiniões sobre produtos e promoções, entre seus usuários. Por meio de site, aplicativo e extensão para navegador, em 2020, a plataforma ultrapassou a marca de 1 milhão de membros cadastrados.

Arezzo&Co (ARZZ3)

O Arezzo &Co teve lucro líquido contábil de R$ 29,8 milhões, alta de 15% na comparação anual. Caso seja retirado os efeitos não recorrentes, a empresa terminou com o lucro líquido de R$ 30 milhões, salto de 310,7% se comparado com o mesmo período de 2020 (R$ 25,9 milhões). Já o Ebitda cresceu 79,9%, para R$ 64,74 milhões. Crescimento atrelado ao avanço das vendas on-line na pandemia.

Light (LIGT3)

A Light fechou com prejuízo trimestral de R$ 41,8 milhões, contra lucro líquido de R$ 166,7 milhões do mesmo período de 2020. A companhia informou que o resultado é reflexo do desempenho da área de distribuição, que fechou com prejuízo de R$ 100,7 milhões, ante lucro de R$ 62 milhões de 2020.

Já o Ebitda ajustado caiu 9,9% na mesma anual, ficando em R$ 419,8 milhões, o que era R$ 465,7 milhões.

Itaú Unibanco (ITUB4)

O Itaú Unibanco informou que pagará R$ 0,04874 por ação, com retenção de 15% de imposto de renda na fonte, resultando em juros líquidos de R$ 0,041429, em JCP (Juros sobre o Capital Próprio). A pagamento ocorrerá até 31 de dezembro para os acionistas que estiverem registrados em 24 de maio.

(Com Reuters)

Calendário de divulgação dos próximos resultados:

  • BR Brokers (BBRK3) – 14 de maio
  • Le Lis Blanc (LLIS3) – 14 de maio
  • Metalfrio (FRIO3) – 14 de maio
  • Viver (VIVR3) – 14 de maio
  • PDG Realt (PDGR3) – 14 de maio
  • GP Invest (GPIV33) – 14 de maio
  • Grazziotin (CGRA3) – 14 de maio
  • Ser Educacional (SEER3) – 14 de maio
  • Portobello (PTBL3) – 14 de maio
  • Enjoei (ENJU3) – 14 de maio
  • CVC Brasil (CVCB3) – 14 de maio
  • Vivara (VIVA3) – 14 de maio
  • Cemig (CMIG3) – 14 de maio
  • Cosan (CSAN3) – 14 de maio

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