A MRV lucrou mais no primeiro trimestre, refletindo o boom do mercado imobiliário no Brasil com taxas de juros em mínimas recordes, mas a companhia teve maior consumo de caixa porque estocou matéria-prima para se proteger da inflação.
A construtora com sede em Minas Gerais anunciou hoje (12) que seu lucro líquido consolidado no período somou R$ 137 milhões, aumento de 30,9% sobre um ano antes.
A receita operacional líquida de janeiro a março somou R$ 1,598 bilhão, avanço de 5,9% em 12 meses. Mas a margem bruta caiu 0,3 ponto percentual, a 27,8%.
“A recuperação das margens deve ficar para 2022”, disse à Reuters o copresidente da MRV Rafael Menin, explicando que o processo de repasse de preços maiores das matérias-primas deve ser alongado pelos próximos trimestres.
O resultado operacional do trimestre medido pelo Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi deR$ 211 milhões, aumento de 4,2% ano a ano, mas com a margem recuando 0,2 ponto percentual, para 13,2%.
Além dos atrasos da Caixa, essa linha do resultado refletiu despesas maiores das unidades em desenvolvimento Urba e AHS, além da decisão da MRV de elevar estoques de matéria prima.
“Dado o atual cenário de inflação de materiais na construção civil, a companhia optou por antecipar a compra e estocar parte da matéria prima necessária para a construção de suas obras, de modo a garantir o preço e evitar interrupções no fornecimento”, afirmou a empresa no relatório.
Menin disse, no entanto, que a geração de caixa deve melhorar nos próximos trimestres, com a manutenção do ritmo de crescimento em todas as linhas de negócios.
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