A escalada vista nas últimas duas a três semanas foi favorecida por uma série de fatores e demonstram consistência, segundo o analista e sócio da Eleven Financial, Raphael Figueredo. Para ele, a união dos resultados das companhias brasileiras no primeiro trimestre somado à melhora na atividade doméstica pavimentaram o caminho de alta do índice.
LEIA MAIS: Tudo sobre finanças e o mercado de ações
O analista chama atenção, ainda, para a melhora nas projeções de atividade econômica brasileira que, juntamente com o ritmo de vacinação no país e a perspectiva de aceleração nos próximos meses com base nos contratos de entregas dos imunizantes, permitem o avanço de setores como o de varejo, principalmente das companhias que têm forte presença física. “A melhora do varejo está ligada ao valor presente de vacinação e também ao que está contratado. A expectativa também está muito relacionada ao que estamos vendo nas retomadas de economias fortes no mercado internacional, além da suspensão do uso de máscaras. Isso pode ser uma realidade aqui”.
A perspectiva para junho é de que o Ibovespa dê continuidade à sequência de recordes vista nos últimos pregões, de acordo com o sócio da Eleven, prevalecendo a tendência de alta. “O remanejamento e a correção de empresas que andaram muito no primeiro semestre e, em contrapartida, as altas do mercado local vão ganhar fôlego.”
Figueredo projeta que o índice ultrapasse os 130 mil pontos neste mês que se inicia: “um nível psicológico importante para o mercado. É perfeitamente possível”.
O analista técnico da Clear Corretora, Filipe Fradinho, faz interpretações que seguem a mesma direção de Figueredo. Para ele, todas as médias calculadas graficamente “apontam para cima”. “O Ibovespa volta para o canal de alta desde o fim de 2016. Ao que tudo indica, é uma recuperação maravilhosa, rompendo topos históricos.”
No entanto, Fradinho pondera que o cenário político ainda é incerto. “Precisamos ter atenção, com CPI da Pandemia e análise de vetos do Governo.”
Conforme o analista técnico, o alvo para o índice a longo prazo, algo próximo a 12 meses, é de 150 mil pontos.
O Inter vê o setor bancário iniciando a trajetória de recuperação, “beneficiado pelo aumento das taxas de juros”. As empresas de saúde também são vistas com otimismo pelo banco, “se beneficiando do cenário mais favorável de exames e volta dos procedimentos eletivos”.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.