David Wilcox, ex-diretor de pesquisa do Fed, e David Reifschneider, assessor especial da ex-chair do Fed, argumentam em uma nova pesquisa que assim que a pandemia de coronavírus passar e a autarquia for capaz de aumentar os juros para níveis mais normais, o banco deve elevar a meta de inflação nacional de 2% para 3% e utilizar um tratamento de choque de cortes surpresa na taxa de juros para atingi-lá.
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“Na medida em que as pessoas atraídas para o mercado de trabalho quando ele está mais apertado vêm de grupos marginalizados”, escreveram eles, permitir uma inflação mais alta “também pode ajudar a reduzir as desigualdades raciais e outras”, mantendo as pessoas empregadas por mais tempo e permitindo-lhes obter mais experiência e formação.
Os riscos – de bolhas financeiras devido ao crédito fácil ou de uma possível recessão desencadeada por aumentos dos juros para combater a alta da inflação – são administráveis, afirmam os dois, e vale o que eles dizem ser “um ‘boom’ acentuado no emprego e na produção durante o período de transição”.
O núcleo do índice PCE, medida da inflação monitorada de perto pelo Fed, atingiu 3,5% em junho na comparação anual, o que desencadeou um debate no banco central norte-americano sobre se seriam necessários aumentos dos juros mais cedo do que o esperado para manter os preços sob controle. (com Reuters)
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