SLC tem produtividade recorde na soja e dobra lucro no 2º trimestre

13 de agosto de 2021

A SLC Agrícola mais que dobrou o seu lucro líquido no segundo trimestre, embalada por maiores volumes de grãos e oleaginosas produzidos em meio a preços mais altos, informou a companhia, uma das maiores produtoras agrícolas do Brasil.

O lucro líquido cresceu 133,8% no primeiro semestre, para R$ 824 milhões, e 128,1% no segundo trimestre, a R$ 447,2 milhões.

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“Esse recorde realizado no período ocorreu notadamente devido ao aumento nos preços de faturamento, combinado com maiores volumes faturados para o algodão e a soja…”, disse a SLC em comunicado na noite de ontem (12).

A companhia também citou o reflexo positivo da dinâmica de contabilização dos ativos biológicos (receita – custo), devido às expectativas de margens superiores em relação à safra anterior.

No trimestre, a geração de caixa medida pelo Ebitda ajustado atingiu R$ 505,2 milhões, com aumento de 248,8% frente ao mesmo período do ano passado.

A companhia reportou acréscimo de 220% no resultado bruto trimestral frente a 2020, devido principalmente à expansão das margens em todas as culturas.

No trimestre e semestre, o custo dos produtos vendidos apresentou aumento de 31,3% e 27,6%, respectivamente, notadamente devido ao maior volume faturado no período para as culturas do algodão e soja.

As despesas com vendas apresentaram redução de 11% no trimestre, mas com um aumento de 9,6% no semestre.

“No trimestre, tivemos aumento na conta de fretes devido ao maior volume faturado. Além disso, na conta de outras despesas, no 2T20 foram reconhecidos antecipadamente os gastos com royalties de soja semente…”, disse.

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Na soja, a empresa reportou crescimento do resultado bruto unitário, no trimestre e semestre, de 145,2% e 109,6%, respectivamente.

“Essa melhoria foi reflexo do aumento dos preços unitários faturados, parcialmente compensados pelo aumento do custo unitário”, afirmou.

A empresa disse que encerrou a colheita da soja com recorde de produtividade pelo quarto ano consecutivo, com 3.970 kg/hectares (versus 3.906 kg/ha na safra 2019/20).

“Essa produtividade foi 5,7% superior ao projeto inicial e 12,5% superior à média nacional (estimativa julho/2021-Conab)”, destacou.

No algodão com 37,9% da área colhida (data-base de 29 de julho), a produtividade estimada considerando a ponderação entre algodão primeira e segunda safra, é de 1.821 kg/ha, 1,7% inferior ao projeto inicial, mas 3,7% superior ao ano safra anterior e 6,3% superior à média nacional, também com base em estimativas do mês de julho da Conab.

Por fim, no milho segunda safra, com 66,4% da área colhida até 29 de julho a produtividade estimada está 22,5% abaixo do projeto, em 5.878 kg/ha. Ainda assim, esse resultado é 30,6% superior à média nacional para milho de segunda safra apurada pela Conab.

A queda de produtividade estimada para o milho foi ocasionada principalmente pela irregularidade na distribuição dos volumes de chuva ao longo dos meses de março e abril, principalmente nas fazendas do Mato Grosso do Sul, afirmou.

A dívida líquida ajustada da companhia encerrou o segundo trimestre de 2021 em R$ 1,4 bilhão, apresentando um aumento de R$ 694,3 milhões em relação ao fechamento de 2020.

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A dívida líquida foi impactada principalmente em função do aumento na necessidade de capital de giro, oriunda, por sua vez, do volume de pagamentos dos insumos agrícolas da safra 2020/21.

“Cabe salientar que o aumento do endividamento nesse período do ano é esperado, considerando o ciclo financeiro do negócio”, disse.

A companhia afirmou também que estrategicamente manteve seu nível de caixa alto no período visando assumir a operação da Terra Santa. (Com Reuters)

 

 

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