Governo reduz projeção de déficit primário em 2021 para R$ 139 bilhões

22 de setembro de 2021
Bruno Domingos/Reuters

Além da redução do déficit primário, o Ministério da Economia também previu que a dívida bruta fechará o ano em 81,2% do PIB

O Ministério da Economia melhorou hoje (22) sua projeção de déficit primário para o governo central em 2021 a R$ 139,4 bilhões, diante da perspectiva de maior arrecadação e recebimento de royalties e dividendos, conforme relatório bimestral de receitas e despesas.

A pasta também previu que a dívida bruta fechará o ano em 81,2% do PIB, ante 88,8% em 2020, caindo a 79,8% do PIB em 2022.

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O relatório anterior, de julho, apontava déficit primário de R$ 155,4 bilhões para este ano, correspondente a 1,8% do PIB. Agora, o rombo é estimado em 1,6% do PIB.

De um lado, o governo aumentou a projeção de receitas líquidas em R$ 31,5 bilhões, a R$ 1,508 trilhão.

Contribuiu nesse sentido o crescimento de R$ 19,5 bilhões visto para receitas não administradas pela Receita Federal, sensibilizadas sobretudo pelo aumento esperado no recebimento de dividendos (+ R$ 7,9 bilhões) e com a exploração de recursos naturais (+ R$ 7,7 bilhões), linha que é afetada principalmente por royalties de petróleo.

O governo também elevou a perspectiva para a arrecadação em 2021 com impostos (+R$ 9,6 bilhões) e para o Regime Geral de Previdência Social (+ R$ 10,2 bilhões).

O cálculo para as despesas no ano também foi elevado no relatório, com alta de R$ 15,5 bilhões, a R$ 1,647 trilhão. Neste caso, o principal impacto veio do ajuste para cima de R$ 9,1 bilhões nas despesas com créditos extraordinários, a R$ 134 bilhões.

Segundo o relatório, a despesa primária como proporção do PIB fechará o ano em 19%, abaixo do patamar realizado em 2018 (19,3%).

“A tendência é de queda para 2022, quando, de acordo com o projeto de Lei Orçamentária Anual, poderá atingir 17,5% do PIB, percentual inferior ao observado em 2014 (18,1%). Essa tendência mostra a efetividade da principal âncora fiscal do país, o teto de gastos”, defendeu o Ministério da Economia. (Com Reuters)

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